O
Enfermeiro
Machado de Assis
(Roteiro)
O
Enfermeiro é um conto do escritor brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis
(1839 - 1908) foi um importante autor realista tendo esse um aguçado olhar
crítico das oposições da sociedade brasileira, e que faz parte do livro Várias
Histórias, publicado no ano de 1896.
O
conto O Enfermeiro está, certamente, entre os melhores contos de Machado de
Assis. Narrado em primeira pessoa com foco narrativo no próprio personagem principal
e protagonista Procópio, conta a história de um coronel ranzinza e maldoso que
não consegue manter um assistente em seu leito de morte, devido a sua forma de
tratá-los. Procópio trabalhava como copista na paróquia de sua região e acaba
sendo designado para o cargo de enfermeiro pelo padre amigo de sua família e
resolve aceitar o desafio apesar de saber que o coronel Felisberto tratava mal
a todos que lá iam e com isso ninguém ficava no emprego, mesmo sendo tão bem
pago. A convivência dos dois vai trazer grandes problemas para ambos. E ainda
guarda alguns mistérios. Destaque para o clímax da história.
Desfecho:
o texto apresenta uma estrutura social baseada em privilégios onde o ser humano
é alterado pelo dinheiro pondo em destaque a ganância do lucro, egoísmo,
calculismo e as vantagens sociais, além da transformação do homem em
instrumento do dinheiro.
Frase marcante:
“Bem-aventurados os que possuem, porque eles serão consolados”.
Plano de direção:
a história tem como foco principal demonstrar o que ocorre na sociedade sem
ocultar ou distorcer os fatos, apresentando características do realismo, pois
demonstra o caráter e os aspectos negativos da natureza humana. Assim sendo uma
curta-metragem com cerca de 15 minutos de duração, com cortes e adaptações,
mostrando a variedade linguística em todos os personagens e contendo algumas
cenas abertas para visualização mais adequada do cenário, músicas clássicas de
acordo a cada cena que ocorrerá durante o dia.
Personagens:
o personagem principal chama-se Procópio José Gomes Valongo, homem de visão
pessimista, amarga, e melancólicada existência. O antagonista da história seria
o coronel Felisberto.
Outros:
Padre Nelson, responsável pela ida de Procópio para a fazenda do coronel
Felisberto.
Rute, sobrinha do padre Nelson e
será um contraponto na vida do enfermeiro.
Dr. Clóvis, um dos poucos médicos
da cidade e será o responsável pela atestado de óbito do coronel Felisberto...
CENA
INICIAL
(Música
instrumental de fundo)
Procópio
em frente a sua casa, aparentando bem mais velho, apreciando a paisagem da
tarde, eis que surge um amigo seu um pouco mais jovem, para conversar e lhe
fazer companhia...
(Os
dois se comprimentam e o amigo logo senta ao lado de Procópio e inicia-se uma
conversa de volta ao a seu passado)
CENA
II
Procópio
(com olhar pensativo): — Eu estava aqui lembrando, de quando trabalhava como
enfermeiro.
Amigo
(confuso): — Pode-me contar de novo essa história, pois não me recordo dela
muito bem.
Procópio:
— Pois bem, eu tinha em torno de quarenta e dois anos, trabalhava como
copista na paróquia da cidade, certo dia o padre, meu antigo companheiro de escola
recebeu uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia
pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao
coronel Felisberto. Como estava cansado de trabalhar como copista e pelo
pagamento resolvi aceitar.
CENA
III
(Música
intrumental de fundo)
Procópio
chega a vila, e terás más notícias do coronel. Indo visitar a igreja da vila,
uma mulher na rua o aborda e diz: — Vai te arrepender, o coronel não presta.
(Procópio olha para ela com olhar confuso).
Saindo
da igreja outra senhora o aborda, puxando seu braço dizendo: - Pode desistir, o
coronel é um estúrdio, um demônio. (Procópio olha para ela com olhar de medo e
segue seu rumo)
CENA
IV
Procópio
chega a casa do coronel Felisberto e o avista na varanda da casa estirado numa
cadeira, bufando muito, Procópio resolveu por não dizer nada, até que o coronel
lhe dirigiu a palavra:
—
O quê está fazendo pisando em minhas terras, na minha varanda?
Procópio:
— Vim trabalhar como enfermeiro.
Coronel
Felisberto: — É bom que saiba, nenhum dos enfermeiros que tive permaneçeu
aqui por muito tempo, eram imprestáveis, respondões e andavam ao faro das
escravas; dois eram gatunos, você é gatuno?
(Procópio):
— Não, senhor.
O
coronel pergunta-lhe seu nome, e o aceita como enfermeiro.
CENA
V
De
volta a prosa, entre Procópio e seu amigo, relatando seu passado...
Procópio:
— Eu soube pela freira, que o coronel declarou ao padre, acrescentando que eu
era o mais simpático de todos os seus enfermeiros. Mas a verdade é que vivemos
uma lua-de-mel de sete dias. No oitavo dia, entrei em uma vida de cão, não
dormia, não pensava em mais nada, recolher injúrias, e,
às vezes, rir delas, com ar de conformidade, era o jeito.
Amigo
de Procópio: — Ele sofria de algo?
Procópio:
— Sofria de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro doenças menores,
tinha perto de uns sessenta anos e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade.
Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, divertia-se com a dor e
humilhação dos outros...ameaçei ir embora três meses depois,mas resolvi ficar,
e o pior estava por vir...
CENA
VI
(Cenário:
quarto do coronel Felisberto)
Na
noite de vinte e quatro de agosto, resmungando o coronel foi durmir, Procópio
que tinha que dar-lhe remédio à meia-noite, resolveu ler sentado bem próximo a
cama do coronel, mas adormeceu sobre o livro. Logo depois acordou sobre os
gritos do coronel que parecia delirar enquanto dormia, continuou nos mesmo gritos
e arremessou ao enfermeiro a bengala no rosto esquerdo, de tal dor que não
pensou duas vezes e atirou-se ao pescoço do coronel.
CENA
VII
De
volta a prosa, entre Procópio e seu amigo.
Procópio:
— Contei para todos que ele já havia amanhecido morto, os médicos acreditaram,
diziam que ele não tinha muito tempo de vida, muita gente veio me dar pêsames,
pouco tempo me entregaram o testamento do coronel, dizendo que eu era o
herdeiro universal de seus bens.
Amigo
de Procópio (com ar de curiosidade): — O que você fez com esse dinheiro?
Procópio:
— Doei umas quantias aos pobres e...
CENA
FINAL
(Música
instrumental de fundo)
(Cenário:
a casa do Coronel Felisberto)
Procópio
usufruindo da herança que o coronel deixou em seu testamento, esquecendo de sua
culpa, junto a sua amada Rute.
Obs:
Houve adaptações no decorrer da trama, em alguns personagens.
Turma: 2° ano B Turno: matutino
Componentes:
Enio Mateus, Felipe Silveira, Geovane Rodrigues, Joyssy Tavares, Layriane
Santana, Noelson Ferreira, Rilza Silva, Tatiele Lima, Uéverson Suzart.
- Gostei muito deste roteiro, pois está bem organizado e deixa bem claro para o leitor o que certamente irá acontecer durante o filme e certamente, se o filme estiver como planejado, o grupo obterá um bom resultado.
ResponderExcluirO roteiro ficou muito bom,pois as cenas foram descritas detalhadamente,fazendo com que o leitor entenda de forma bem clara.
ResponderExcluirParabéns!
Keila Sampaio 2º ano C Matutino
Achei interessante esse roteiro, gostei de como ele foi descrito,só a introdução faz você entender,conhecer um pouco de quem o escreveu, o que vai se passar.. e tenho certeza que o filme vai ficar legal e criativo 👏👏
ResponderExcluirSamanta 2º B. Eu gostei bastante do planejamento desse roteiro. Primeiramente, pq achei bem explicativo a apresentação do conto, para que os leitores saibam do que se trata. Podendo assim escolher com mais facilidade qual conto irá ler e se realmente é interessante, deixando tb os leitores com uma certa curiosidade de como irá proceder o conto. Tb gostei do modo da divisão das cenas, focando no principal, não deixando o roteiro tão grande e cansativo! Muito bom, se o filme proceder assim será legal!!!
ResponderExcluirGostei bastante do roteiro,a princípio, achei que não iriam fazer a descrição das cenas, que iriam ficar apenas na informação geral do conto, mas trouxeram uma agradável surpresa.
ResponderExcluirChamo atenção apenas para uns errinhos de ortografia, mas não chegou a comprometer o desempenho de vcs. Deixo como dica, usar sempre o corretor do editor de textos ou usar um navegador que ofereça esse suporte de indicar o erro.
Muito contente com o desempenho de vcs!
Liliam Sampaio
Eu vou fazer uma dramatização com esse conto em sala de aula, no qual eu vou ficar como narrador. O único problema que estou tendo é de como eu poderia fazer um cenário de acordo com esses cenário em uma sala de aula. Se alguém puder me ajudar, responde esse feedback que eu passou meu número. Muito obrigado!! A apresentação é terça-feira 07.10.2019.
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