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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Trabalho cumprido!!

Enfim chegamos ao final, tudo lido, tudo assistido, tudo comentado!

Foi trabalhoso propor, fazer, corrigir, mas deu prazer em ver como vocês se esmeraram em produzir tanta coisa linda. Foi bom ver também o lado crítico de vocês, opinando por olhar com outro enfoque, uma pena que nem todos conseguem ouvir/ler críticas, mesmo porque é difícil mesmo, ainda mais quando a gente se doa tanto, e também nem todos conseguem fazê-las de forma madura.

Só tenho que agradecer a vocês por tornarem um desejo antigo em realidade, que é usar as novas tecnologias a favor do aprendizado. Quero que saibam que esses trabalhos correm, correrão o mundo.

 
Conseguimos!!

Super beijos em todos vocês, queridos alunos das turmas A, B e C do matutino do CMLEM do ano de 2010. Por tantas coisas, vamos ficar na (nossa) história.

Pró Liliam Sampaio


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Cortiço - 2º C

sábado, 23 de outubro de 2010

Dom- 2°C mat.

Amigos de infância Bento e Ana completam o ensino médio.
Bento recebe a noticia que passou na faculdade de engenharia do rio de Janeiro, Ana ao receber a noticia por bento se entristece, porque amava muito bentinho.
Após 10 anos Bento é chamado pelo seu amigo Miguel para participar da edição de um de seus filmes.Lá bento reencontra seu grande amor Ana, que agora era uma dançarina profissional.
Ana e Bento trocam email e telefones, Bento pede que Ana se case com ele, depois de alguns meses eles decidem se casar e morar na casa de Bento no Rio de Janeiro.
Dois meses se passaram e Ana descobre que esta grávida de Bento. Ao receber a notícia Bento fica muito feliz, e comemora com ela.
Após Ana dar a luz a um filho, ela foge deixando Bento só.





Equipe:
-Iury Santos

-Lucas Santos
-Luidi Monique
-Priscila Carneiro

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O cortiço 2º B

Dom - 2°C matutino






Equipe:
- Aclaís Tainã
- Joice Silva
- José Kaique



2°C mat.

A Cartomante - 2°C matutino-2010

Professora Liliam não foi possível enviar o nosso vídeo ontem porque ele ficou muito longo(17 minutos), tivemos que dividi-lo em duas partes.
Obrigada pela compreensão
Mariana-aluna do 2º C Matutino
Componentes : Iago, Liliane, Mariana, Nadjara,Nágisla,Priscila Lima, Rafaela, Vitor Hugo e Wellington

Parte 1



Parte 2

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O primo Basílio - 2A

domingo, 17 de outubro de 2010

Satisfação e mudança de data

Estou muito feliz em ver o empenho de vocês. Parabéns a todos!

Vamos estender até dia 31 os comentários? Não vi os meus quase 120 alunos comentando os roteiros... Lembrem-se de que são comentários respeitosos, consistentes e assinados.

Depois de tudo a gente marca uma data para ver na sala de aula.
(vou querer tudo em pen drive!!)
I M P O R T A N T E: para aqueles que não estão conseguindo postar o vídeo aqui, coloquem no YouTube, exportem para cá ou apenas indiquem o link, até segunda-feira, no máximo!
Beeeijos,

Pró Liliam

sábado, 16 de outubro de 2010

2ªA Mat - Memórias Póstumas



2° B apresenta: A Cartomante – Machado de Assis

Trabalho sobre Livro Memórias Póstumas de Brás Cubas [2° C Matutino]

Componentes:

Camila Oliveira

Danielle Xavier

Daniele Andrade

Isabelly Silva

Mario Jorge

Sabrina Oliveira

Valéria Bastos

DOM - 2ºB mat

O crime da padre Amaro

O Primo Basílio 2º C

Tentamos refazer as cenas principais da Obra de Eça de Queirós de forma que vocês pudessem entender do que se trata a históra.
Espero que gostem!

A cartomante / 2ºA matutino

Apesar de todas as dificuldades que tivemos para gravar esse vídeo, devido ao feriado prolongado, acho que conseguimos fazer um bom trabalho. Levamos a história para a parte do humor, e fizemos uma coisa bem resumida para não ficar muito grande e cansativo.
Espero que gostem (:

O PRIMO BASILIO ,2ºano-B matutino( PARTE 1 DE 2)

À essa querida obra prima da ilustre Eça de Queiroz,um novo formato,uma nova cara,um novo geito de contar uma velha história.Transformando um velho romance em uma vida na altivez da modernidade,mas sem perder o galante,o espírito e as cores da classe.Tocar na traição?Sem algum medo.Tocar no no prazer?
Sim,é claro e com toda a certeza.Pois o prazer fez Luiza trair Jorge,com um outro chamado Basílio.O glorioso "prazer",levou Juliana a descoberta do romance e posteriormente, a sua morte.O velho e inesquecível "prazer",fez com que Jorge soubesse de tudo e a velha traidora e descobridora de todo esse inenarrável prazer,caísse de angústia,em seu sofrimento e ,com toda agressividade e digna de toda a piedade,veio a morrer,sem ao menos ter sido amada ou desejada verdadeiramente por aquele,ao qual tanto ela suspirou,amou e beijou,amou,amou...,amou,amou...ESTA É UMA ADAPTAÇÃO A OBRA DE EÇA DE QUEIROZ,PARA A SUA REALIZAÇÃO NÃO PERDEMOS A COMPOSTURA,MAS PERDEMOS TODA A VERGONHA E NOS ENTREGAMOS COMPLETAMENTE AO PROjETO.
DEVIDO A IMENSIDÃO QUE O NOSSO TRABALHO TORNOU-SE,TENDO UMA DURAÇÃO DE 25 MINUTOS E COM UM HISTÓRINHA INTRIGANTE E PRENDEDORA, APRESENTAMOS À VOCÊS A NOSSA OBRA, DIVIDIDAS EM 2 PARTES.
.
2ºANO MATUTINO B
**COMPONENTES:
ANA PAULA FERREIRA BAHIA
CAIQUE CERQUEIRA
DIEGO SENA
KELVIA DIAS
GABRIELA MARTINS
WILLIVAN SANTOS
WILLIANE ALVES

O PRIMO BASILIO,2ºano-B matutino (PARTE 2 DE 2)

2ºANO MATUTINO B
**COMPONENTES:
ANA PAULA FERREIRA BAHIA
CAIQUE CERQUEIRA
DIEGO SENA
KELVIA DIAS
GABRIELA MARTINS
WILLIVAN SANTOS
WILLIANE ALVES

Esclarecimento..

Olá galera!

Falo em nome da equipe do 2º ano B do filme Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Devido a problemas no carregamento do vídeo foi necessário dividi-lo em duas partes (parte 1 e parte 2), mas isso não interfere na duração do filme.

Esperamos que todos gostem do nosso trabalho!!

:D

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Parte 1) - 2º B

Parte 1 do filme adapatado Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Parte 2) - 2º ano B

Parte 2 do filme adaptado (2º ano B)
Continuem a assistir!


COMPONENTES:
Alana Mercês
Jadson NASCIMENTO
Leandro Alves
Letícia Miranda
Maria Luiza Silva
Rogedson Marques
Wesley Melo

O Cortiço- 2º ano A matutino

Espero que gostem foi muito divertido realizar esse trabalho!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A T E N Ç Ã O !!

Queridos alunos, eu volto a falar:

1) os roteiros deveriam ser postados até o dia 30/setembro; os postados depois dessa data não serão considerados;

2) façam comentários CONSISTENTES, dizer que achou "legal", que "está bom", não satisfaz, quero ver o senso crítico de vocês presente aqui! Se eu não acreditasse e visse isso nas turmas, não proporia esse trabalho;

3) para facilitar o meu trabalho, identifiquem-se com nome, sobrenome e turma. apelidos só prejudicarão vocês...

Beeijos,
Liliam

O Crime do Padre Amaro - 2ºb Matutino

Roteiro:

Romance anticlerecial que começa falando sobre o personagem do Padre Amaro, ingênuo e psicologicamente fraco, vai assumir sua paróquia. Hospedando-se na casa de

dona Joaneira, e acaba se envolvendo numa forte relação sexual com sua filha Amélia. Algum depois Amélia diz que está grávida para o padre e tudo começa a se complicar, Amaro com o seu cinismo pede a moça pra que ela tenha aquela criança em outro local (cidade). Decidem a fazer um loucura, a realizar um aborto, mas na hora do procedimento Amélia sofre uma hemorragia . Amaro tente levá-la para o hospital, mas sua amada morre no seus braços a caminho do hospital.

Personagens e principais características:

Padre Amaro Vieira: Protagonista do romance, mentiroso, sem nenhuma vocação para ser padre, é muito ciumento e comete um grande erro matando o seu proprio filho por meio do aborto.

Amélia: Co-protagonista, jovem católica que cai nos encantos do suposto Pe. Amaro, morre por uma hemorragia gravissíma por causa do aborto.

Dona Joaneira: Mãe de Amélia, viúva e tem um caso com o Pe. Benedito

Cônego Dias: Ex professor de Amaro

Pe. Benedito: Padre que tem relações com D. Joaneira

As senhoras Gansosos: Duas irmãs chamadas Joaquina e Ana .

Vídeo será gravado lá em São José, será logo depois das avaliações do colégio;

Personagens:

Pe.Amaro:Misael

Amélia: Layane de Sá

D. Joaneira: Alana Verena

As senhoras Gansosos: Adriana e Jamile

Pe. Benedito e Cônego Dias: Alcídes Luís

2ºC Mat: O Crime do Padre Amaro

O crime do Padre Amaro

Roteiro

O filme baseado na obra do autor Eça de Queirós um dos mais célebres romances do Naturalismo português, que foi uma crítica feita a política, burguesia e principalmente ao clero da época.
A história se trata do jovem Padre Amaro que para continuar seus estudos na Roma, deve trabalhar em uma paróquia devido a boa relação com o bispo. Na paróquia sobre as ordens do padre Benito que é corrupto e contraditório. Amaro acaba conhecendo Amélia filha de dona Joaneira que é dona do restaurante mais importante da cidade e mantém relações amorosas com o padre Benito. Assim Amaro se apaixona por Amélia que namora João Eduardo, mas eles acabam tendo um caso com pretexto de cuidar de uma jovem que tem problemas mentais. As coisas se complicam quando Amélia conta que está grávida. Amaro não querendo fazer escândalos pede para que a jovem tenha o filho longe da cidade. Então para não levantar suspeitas Amélia decide se casar com João Eduardo, porem seu amor por ela tinha acabado. Amaro e Amélia decidem realizar um aborto, mas na hora que esta acontecendo o aborto Amélia sofre uma hemorragia e Amaro tenta levar ela para um hospital, mas Amélia morre nos braços de seu amado a caminho do hospital.
Personagens Principais:
Padre Amaro: Padre sem vocação para paróquia que deseja viver normalmente. Muito ciumento e comete o crime de matar seu próprio filho (Aborto).
Amélia: Jovem muito ligada a fé católica, e que tem muita confiança nos padres, mas não resiste aos encantos de Amaro. Morre devido a uma hemorragia na hora do aborto.
João Eduardo: Noivo de Amélia, que ao perceber interesse de Amélia com Amaro tenta fazer um escândalo, e acaba se separando de Amélia. Quando Amélia tenta se casar com ele por causa do filho que tem com Amaro ele não a que mais.
Dona Joaneira: Viuva e mãe de Amélia, que tem caso com padre Benito.
Cônego Dias: ex-professor de Amaro.
Padre Benito: Padre da paróquia e que tem relações com Dona Joaneira.

O Vídeo terá como finalidade passar o contexto principal, com forma de fácil entendimento e principalmente divertida.

Agora que venham os vídeos...

... e os comentários.

Lembrem-se dos prazos, que (in)felizmente existem!

Boa sorte e criatividade, quero ver verdadeiros espetáculos! Vou ler os roteiros com muito entusiasmo esperando o melhor de vocês!

Boa semana de prova a todos!

Liliam

p.s.: não esqueçam de colocar os nomes dos componentes - na ordem alfabética - no final do vídeo produzido!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Primo Basílio 2º C Mat.

Os personagens:

Luisa (Jéssica): Representa a jovem romântica, inconsequüente nas suas atitudes, a adultera e, no final, arrependida.

Jorge (Markley): Marido dedicado de Luiza, homem prático e simples, que contrasta com a personalidade mudana e sedutora de Basílio.

Basílio (Lucas Neves): Dândi, conquistador e irresponsável, ‘’bom vivant’’ pedante e cínico. Como todo dândi, latente em estar bem vestido e arrumado.

Juliana (Marilise): personagem, mas completa e acabada da obra, tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação a profissão. Feia, virgem, solteirona, bastarda, é inconformada com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, principalmente seus patrões. Não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral.

Sebastião (Victor Manfrine): personagem simpático que permanece fiel a Jorge e ao mesmo tempo ajuda Luisa. Sebastião é o único que não apresentava nenhuma critica a sociedade lisboeta.

Leonor (Natana): amiga de Luisa, casada e adultera. Sempre em busca de novos prazeres e assim amantes tem uma má reputação, e é uma possível influencia para o comportamento de Luisa.




A história

CAPÍTULO 1: O ENCONTRO

[Luisa sobe uma escada de forma retangular. Ao fundo uma música festiva. A câmera a segue. Ela se esbarra em alguém. Nesse momento, o foco da câmera está apenas em Luísa]

Basílio: – Prima!
Luisa: – Basílio!
[Abre a imagem e a câmera foca ambos]
Basílio: – Como estas mudada! [Ele faz uma cara de surpreso em vê-la]
Luisa: – Velha? – [ Ela fala em tom de brincadeira]
Basílio: – Linda! [ Nesse momento, Basílio pega a mão de Luísa e beija-a.Ele percebe o anel. A câmera foca na mão]
Luisa: – Casei. [ Volta o foco para ambos]
Basílio: – Não acredito que você tenha feito isso comigo. [Luísa sorri]
Luisa: – Me conta, fazendo o que na terra da garoa?
Basílio:[ em tom sedutor] – Vim conferir se São Paulo não pode mesmo parar. E morreria de desgosto por ter perdido você. A verdade é que meu coração nunca saiu daqui. [Luísa fica tímida] Luisa: – Vem, vem eu quero te apresentar ao Jorge, meu marido. [ Ela pega-o pelo braço, ele rejeita com a mão]
Basílio: – Mais tarde. Estou com amigos me esperando.
[ A câmera vai se distanciando. Nesse momento mostra-se os personagens na festa. Aparece um rapaz que fala no ouvido de Basílio] : ‘’Com licença, o Dr. Goldberg esta atrás de você.’’
[Luísa e Basílio se olham. Volta a câmera pros dois personagens]
Basílio: – Eu te ligo.
[Luísa beija Basílio no rosto. Jorge vê. A câmera volta-se para Basílio, que vai em direção a festa. Corta-se a cena]

CAPÍTULO 2: O DESEJO

[A segunda cena começa numa sala. Basílio coloca uma música sedutora, e começa a dançá-la. A ângulo da câmera enquadra toda a sala]

Basílio: – O maior sucesso em Saint-Tropez . Vem cá. [ Ele puxa Luísa, que resiste]
Luisa: – Não, não! Não, para! [Em tom de quem vai ceder ao primo]
Luisa: – Não! Faz tempo que eu não danço ...
[ Ele a puxa novamente, de forma mais firme. Foco nos dois]
Basílio: – É só se deixar levar.
Luisa: –... Desde a noite do meu casamento.
[A câmera volta-se para os pés. Luísa pisa no pé e Basílio]
Luisa: – Viu? Viu como sou ruim?
[O enquadramento da câmera nesta hora, pega o corpo inteiro dos dois. Estão um pouco distantes]
Basílio: – Duvido. Tire os sapatos.
Luisa: – Hã? [tom confuso]
Basílio: - Os sapatos... tirem-os.
[Ela obedece e tirá-os]
Basílio: – Coloque seus pés sobre os meus. [ Novamente, Luísa se submete as ordens de Basílio. Começa um clima de atração entre os personagens]
Basílio: – Sabes que eu nunca consegui te esquecer?
Luisa: – Conversa.
[Basílio lhe dar um beijo. Ela retribui com um tapa na cara. A câmera nesta hora, está focada no rosto. Luísa sai correndo e desaparece da visão da câmera. A cena é cortada]

CAPÍTULO 3: O BUQUÊ DE ROSAS E A CARTA

[Nesta cena, Luisa está tomando café quando a empregada chega com o buquê de rosas. Ela pega o buquê e vê um cartão. Percebe que é de Basílio e sai correndo para o escritório para responder-lhe com uma carta. No mesmo momento a empregada chega chamando-a. Ela joga a carta na lixeira. A câmera segue Luisa em todos os momentos]

Juliana: – Dona Luisa? Dona Luisa, o Dr. Sebastião. Diz que é visita rápida. [foco na empregada] [Ela vai ao encontro de Sebastião. Os dois se sentam no sofá.]
Sebastião: – Que marido é esse que deixa uma uva dessas e vai pra aquele fim de mundo? Jorge tirou a sorte grande. [ a visão da câmera se abre nesse instante e focaliza nos dois]
Luisa: – Assim você me deixa sem graça. Mas que surpresa é essa?
Sebastião: – Vim ver se estas tudo bem. Se precisas de algo. Visita de médico.
Luisa: – Obrigada Sebastião, mas está tudo bem. Graças a Deus.
Sebastião: – Só precisas que o Jorge volte logo. Adivinhei?
[Luisa balança a cabeça em sinal positivo]
Sebastião: – Os dias devem ser vazios sem ele.
Luisa: – É uma tristeza.
Luisa: – Sebastião, só um instantinho.
[Ela sai, sobe a escada e vai ao escritório, percebi que a cesta de papeis estava vazia. Ela desce a escada correndo. A câmera acompanha seus passos]
Luisa: – Eu já volto. [Ela passa apressada por ele. Nesse momento, Sebastião já está em pé, ao lado do sofá]
[Ela vai ao quintal e olha a lixeira, e Juliana entra Foco nas duas. Ouve-se uma música tensa]
Luisa: – Você esvaziou a cesta de papéis?
Juliana: – Esvaziei sim, senhora.
Luisa: – Onde? Onde, criatura. –[Ela grita. Está desesperada]
Juliana: – Aqui na porta, no latão de lixo. Por que, D. Luisa? Fiz alguma besteira?
[Ela sai correndo e abre o portão da frente, abre o latão e não encontra a carta]
]Juliana: – Ah, meu deus. Mas não tem cinco minutos que eu despejei o lixo. Como é que esse caminhão foi passar rápido assim? Eu vi a lixeira cheia de papel, num tinha como saber, dona Luisa.
[Ela fica nervosa e anda pros lados. Volta a música tensa]
Joana: – Perdeu alguma coisa, dona Luisa?
Luisa: – Um papel que estava na cesta.
Joana: – Será que não caiu no caminho?
Luisa: – Talvez.
[Corta-se a cena]

CAPÍTULO 4: ‘’PARAÍSO’’

[Basílio esta sentado e Luisa passa em frente a porta. Ouve-se música romântica]

Basílio: – Já estava pensando que tinhas desistido.
[Luísa olha o lugar, está apreensiva. Basílio tira seu casaco. A música continua]
Basílio: – Foi o que eu consegui arrumar, assim, da noite pro dia. Não é luxuoso, mas é limpinho. E o mais importante: discrição total. [ Ela dá ênfase nesta última frase]
[Ele a abraça, começa a tocá-la]

Basílio: – Cada vez que eu ti vejo, te acho, mas fascinante. Sabias?
[Eles se beijam. Ele abre seu vestido. Ela senta na cama e começa a tirar à meia Foco nas pernas de Luísa.]
Basílio: – Você é muito linda.
[Ele vai em direção a ela e a agarra. A cena corta]

CAPÍTULO 5: A CHANTAGEM

[Luisa chega nervosa vai direito pro quarto e vê o local todo bagunçado. Juliana está no cenário, começando a arrumação do lugar]
Luisa: – Você ainda não arrumou nada? – [Ela grita, está irritada com Juliana]
Juliana: – Dona Luisa tava começando a arrumar.
Luisa: – Chega, eu cansei. Não agüento mais olhar pra sua cara nem mais um minuto na minha casa.
Juliana: – D. Luisa num me faz perder a cabeça... – [Ela põe a mão na cabeça. A câmera foca nela]
Luísa: – Rua! Rua!
Juliana: – Eu saio quando eu quiser! [em tom ameaçador. Ouve-se a música tensa novamente]
Luisa: – Você vai sair sim, e vai ser agora!
Juliana: – Eu saiu se eu quiser, se eu quiser!
[ Juliana aponta o dedo para Luísa, que lhe pega pelo braço e lhe joga fora do quarto. Foco nas duas]
Luisa: – Joana! Joana!
Juliana: – Eu num to aqui pra aturar faniquito de madame , não!
Luisa: – Olha, eu não admito...
[Juliana interrompe e grita] – Não admite o que? Não admite o que? A senhora não me conhece dona Luisa. Eu vou sair daqui a hora que eu quiser. Ta pensando que aquele cartão foi parar no lixo? – [ela balança a cabeça em sinal negativo]
Juliana: – Eu vivo no lixo, D. Luisa. E eu encontrei aquele papel que o doutor não vai gostar nada de ver.
[Luisa em tom assustado. O foco continua na Juliana] – O que?
Juliana: – To dizendo que... os ‘’cartão’’ do seu amante tão comigo!
[A câmera volta-se para Luisa. Ela abre o guarda roupa e começa a procurar os papéis]
Juliana: – E tem uma cartinha da senhora também viu?
[Luisa começa a chorar]
Juliana: – A senhora vai me dar licença que ainda tenho muito serviço pra fazer.
[Juliana sai e a cena é cortada]

CAPÍTULO 6: OS CONSELHOS DE LEONOR

[Esta cena acontece na sala. Estão presentes Luísa e Leonor]

Leonor: – Que filha da mãe! É isso que dá herdar empregada. [ Ela diz em tom irônico]
[Luisa chora. Está desesperada]: – E agora, Leonor? Agora o Jorge me mata!
Leonor: – Calma Luisa tem que ter calma.
Luisa: – Eu não sei o que fazer.
Leonor: – A primeira coisa é negar, negue sempre. Se tiver que morrer, morra, mas morra negando.
Luisa: – Ela tem provas, Leonor!
Leonor: – Diga que são falsas, Luisa.
Luisa: – Tem uma carta minha!
Leonor: – Esperto!
Luisa: – É isso!
Leonor: – O que Luisa?
Luisa: – Fugir! Eu vou fugir pra Europa com o Basílio.
[A cena é cortada]

CAPÍTULO 7: LUÍSA CONTA A BASÍLIO

[Esta cena começa com Luísa no telefone]

– Alô? O Sr. Basílio já chegou?... Não, eu já deixei. Ah, não, quero deixar recado sim. Diga a ele que Luisa esta indo pro Paraíso. É. É, Paraíso.
[Luisa arruma as malas, desce as escadas. Na porta, ela se vira e dá uma olhada na casa, como se estivesse se despedindo]
[A cena é cortada, e já volta com Luísa no quarto ‘’Paraíso’’]
[Luisa espera Basílio no quarto. Mostra-se o relógio, com o tempo passando rapidamente]
[ Basílio chega. A câmera foca nos dois]
Luisa: – Ô meu amor. [ Tom entristecido]
Basílio: – Ei, ei, ei. Calma que o petróleo é nosso.
Luisa: – Não brinca com isso, Basílio.
Basílio: – O que pode ser de tão sério numa hora dessas?
Luisa: – Sabe a Juliana? A empregada lá de casa?
Basílio: – Sei... [ Ele está confuso]
Luisa: –Ela esta com todos os cartões que você me mandou. Ela pegou tudo.
Basílio. – É... É um abacaxi. Mas não é o caso de fugir, Luisa. O que essa mulher quer é dinheiro, ta na cara. É ver quanto é.
Luisa. – Não! Não adianta pagar! Ela pode abrir a boca na hora que quiser, ela é má, Basílio. Eu não posso continuar em são Paulo. Posso dormir aqui hoje, mas amanhã... Amanhã tem que ter um avião pra Paris! [Ela continua desesperada. A câmera se distancia e a cena é cortada]

CAPÍTULO 8: A AJUDA DE SEBASTIÃO

[Esta cena passa-se no escritório de Sebastião. Há muitos documentos sobre a mesa, ele está sentado diante de Luísa]

Sebastião: – Porque você não me falou isso antes?
Luisa diz: – Cadê coragem, Sebastião? [Ela chora]
Sebastião: – Oh Luisa...
Luisa: – Eu não sei o que fazer. Meu casamento acaba se o Jorge... Eu o amo demais! Eu na posso perder o meu marido. Eu não posso! Eu morro.
Sebastião: – Se depender de mim, você não ai morrer nunca. Eu vou... Eu vou dar um jeito nisso. [ Foco no rosto de Sebastião. A cena corta]

CAPÍTULO 9: A MORTE DE JULIANA

[Esta cena passa-se na frente e dentro da casa.Estão presentes na cena o policial, Sebastião e Juliana. Sebastião bate na porta e Juliana vem atendê-lo]

Juliana: – Dr. Sebastião, num tem ninguém em casa, não.
Policial: – É com você mesmo, que eu quero falar.
Juliana: – Pra que?
[Sebastião entra e fecha a porta]: – Os cartões. Eu quero todos os cartões que você roubou da Luisa.
Juliana: – Que cartões? Eu num sei de cartão nenhum. [ Ela está surpresa]
[O policial pega em seus cabelos e diz em tom ameaçador]: – Quero os cartões e as jóias!
Juliana: – Que jóias?
Sebastião: – Não enrola, fala logo! Onde estão. [Ele grita]
[Policial agride Juliana. A câmera está de lado, focando nos três]
Juliana: – Ai, doutor num faz isso, pelo amor de Deus, eu sou doente!
[Sebastião grita]: – Não complica as coisas.
Juliana: – Ai, doutor!
[Sebastião grita]: – Fala!
Juliana: – Ai, eu digo, eu digo. Eu digo. Ai, pelo amor de Deus, eu digo!
[Juliana pega as cartas e entrega a Sebastião, depois entra no carro com ele e o policial. A cena corta]
[Eles aparecem no meio de um mato]
Juliana: – Que lugar é este, D. Sebastião? Doutor, fala comigo, doutor.
Policial: – Vai, salta. Salta.
Juliana: – Saltar pra que? O que vocês vão fazer comigo?
Policial: – Vai!
Juliana: – Doutor quero ficar com o senhor! [Ela chora de desespero]
Juliana: – Meu Deus, eu não fiz nada!
Policial: – Não me dá trabalho, não!
Juliana: – Eu não vou! Ai! Eu não vou!
[Som de tiro. A câmera está focada no chão, vê-se o corpo de Juliana cair. A cena é cortada]

CAPÍTULO 10: SEBASTIÃO, A MORTE E JORGE

[Esta cena passa-se na cozinha. Estão presentes Jorge, Luísa e Sebastião]
[Jorge e Luísa almoçam, quando Sebastião chega. Ele está em tom pálido]

Jorge: – O que aconteceu, rapaz?
Sebastião: – Uma tragédia.
Jorge: – Vamos, sente-se. [A câmera foca os três]
Luisa: – O que, Sebastião? Fala!
Sebastião: – A Juliana me ligou. Disse que você a tinha despedido, que era pra eu lhe dar referências. Falei pra ela ir lá pro escritório. Ai meu Deus!
Jorge: – O que, Sebastião?
Sebastião: – Juliana morreu... atropelada. A policia me ligou. O meu telefone tava na carteira dela.
[Jorge faz o sinal da cruz]: – Minha Nossa Senhora!
[Luisa coloca a mão na cabeça]: – Que horror.
Jorge: – Que foi amor, dor de cabeça? Vou pegar uma aspirina.
[Jorge levanta e sai de cena. Sebastião entrega os cartões a Luisa, que esconde-os na gaveta da cozinha]
Sebastião: – Espero que seja isso. Não li, é claro.
Luisa: – Como é que eu posso te agradecer?
Sebastião: – Se dedicando ao seu marido.
[A cena corta]

CAPÍTULO 11: A DOENÇA DE LUÍSA

[Nesta cena, Luisa está na cama, febril. A cena corta]
[Jorge pega a correspondência. Ele vai para o quarto, onde está Luísa]
[A cena volta para Luisa, Jorge já está no cenário nesta hora. Ela está a delirar, chamando por Basílio, Jorge ouve. A câmera foca na carta que tem como destinatário o Basílio. Ele abre a correspondência e começa a ler e a ficar aflito. Ouve-se uma música triste ao fundo, e a cena corta]
[Nesta outra cena, Luísa já está acordada]

Luisa: – Você passou a noite tão calado.
Jorge: – Impressão
Luisa: – O que esta acontecendo, Jorge? Môzinho, eu te conheço. Foi ter atrasado a volta a construção?
[Jorge pega a carta na gaveta]
Jorge: - Há duas semanas que eu vivo num inferno, Luisa. [ Ele joga a carta sobre o seu corpo doente. Ela ainda está de cama]
Jorge: – É pra você, leia. [ Tom desiludido]
[Luisa pega a carta e começa a ler. Ela fica nervosa e começa a chorar]
Luisa: – Jorge...
[ Ela desmaia e a cena corta]

CAPÍTULO 12: A MORTE DE LUÍSA

[A cena continua no quarto. Luísa ainda está febril, porém acordada]

Jorge: – Esta se sentido melhor?
Luisa: – A cabeça... A cabeça um pouco pesada. [ Ela toca seu rosto. Está pálida e suada]
[Leonor aparece na porta do quarto, Jorge levanta e vai e sua direção]

Jorge: – O que você quer?
Leonor: – Ver minha amiga. Não posso?
[Jorge dá espaço a Leonor entrar no quarto. Ela para em frente a porta, espantada com o estado de Luísa]
Luisa: – Não, Jorge. Leonor não. Essa puta não, Jorge. Tira essa puta de perto de mim! Tira essa puta de perto de mim! Tira essa puta! Puta! Essa puta! Manda essa puta embora! Sua puta! [ Ela grita e chora ao mesmo tempo]
[Leonor sai do quarto e a cena corta]
Jorge: – Não pode desanimar. Você vai ficar boa, meu amor.
[Luisa vira o rosto]
Jorge: – Luisa... você tem que melhorar...
[Ele beija sua testa, passa a mão no seus cabelos, e pega a sua mão]
Jorge: – Eu te amo. Te amo, te amo. Eu não tenho ninguém mais. Não tenho ninguém. Eu to sozinho. Eu te amo. Te amo mais que tudo nessa vida. Me perdoa. Me perdoa, Luisa. Me perdoa, meu amor. Me perdoa. Você vai ficar boa, Luisa. Eu te amo de qualquer jeito, Luisa. Eu te quero de qualquer jeito, meu amor. Eu te amo. Me perdoa pelo amor de Deus, Luisa. Me perdoa. Eu te amo! Não me deixe só. Por favor... Eu te amo. Me perdoa. Me perdoa. Não me deixe aqui sozinho.
[Sebastião vai ao seu lado apoiá-lo. Luísa adormece eternamente]
Jorge: – Não, não. [ Ele chora muito, está inconformado]
[Jorge a abraça e lhe dá o último beijo. A cena corta]

CAPÍTULO 13: O FIM DE BASÍLIO

[Basílio sobe a escada do teatro. É a mesma do início do filme. Ao seu lado, está um amigo]

Amigo: – Sinceramente, sempre achei essa sua relação com a prima meio... ‘’recordar é viver’’. Porque, cá entra nós, ela não era lá essas coisas, confessa.
Basílio: – É... Uma esposinha. Mas tinha potencial. Oh! Se tinha. Tadinha, morreu. É... MAS ANTES ELA DO QUE EU! [Tom irônico]
[A cena corta]
[Créditos finais]

2° A Matutino: A Cartomante - Machado de Assis

Roteiro
A Cartomante - Machado de Assis

O reencontro dos amigos de infância.
Cena 1
Vilela apresenta Rita á Camilo.

Cena 2
Vilela, Rita e Camilo jogam baralho na sala do casal.

Eis que o amor e a traição se colocam em seus caminhos
.
Cena 3
Rita e Camilo passeiam no jardim.

Cena 4
Camilo fica assustado ao receber uma carta.

Cena 5
Vilela comenta com Rita que Camilo não foi mais visitá-los.

Cena 6
Rita entra numa casa, disfarçadamente.

Cena 6
Rita e a cartomante conversam.

Cena 8
Rita conta a Camilo da visita á cartomante enquanto passeiam. Eles passam em frente a casa da cartomante e Rita lhe mostra a Fachada.

Mas o segredo foi descoberto.
Cena 9

Camilo recebe um bilhete de Vilela o convidando-lhe para ir á sua casa.

Cena 10 (Desespero)
Camilo caminha desesperado pelas ruas. Ele vê a casa da cartomante.

Culpa

Cena 11
Camilo senta-se diante da cartomante.

Agonia

cena 12
Camilo e a cartomante conversam.

Cena 13 (Alívio)
A cartomante tranqüiliza Camilo. Ele despede-se dela.

Cena 14 (Por pouco tempo)
Camilo chega á casa de Vilela.

Cena 15
Camilo vê Rita morta.

Cena 16
Vilela mata Camilo.



2º A Matutino - Memórias Póstumas

Roteiro

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Personagens

Brás Cubas

Pai de Brás Cubas

Marcela

Amiga da Família

Eugênia

Lobo Neves

Virgília

Empregada de Virgília

Quincas Borba

O objetivo deste vídeo é resumir, de forma divertida, o livro que foi o marco do Realismo na literatura brasileira, umas das obras mais importantes de Machado de Assis.

Cenas

· Cena 1:

Brás está deitado, depois se levanta, a câmera o segue, ele senta em uma mesa e começa a escrever. Em determinado momento olha fixamente para a câmera e diz:

-Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança, estas memórias póstumas.

Fade out.

· Cena 2:

Brás está deitado, imóvel em uma cama, várias pessoas em sua volta, todas tristes, algumas chorando. Uma pessoa põe as mãos em cima das deles e diz melancólicamente:

-Morto!

-Quantos anos ele tinha?

-Sessenta e quatro anos era solteiro e tinha muito dinheiro.

· Cena 3:

Brás está sentado atrás de uma mesa lendo e pesquisando, imerso em seus pensamentos.

EM OFF

Brás: -Morri em uma sexta feira de agosto de 1869. Dizem que morre de uma pneumonia, mas acho que morri de uma idéia grandiosa: a invenção do Emplasto Brás Cubas.

O emplasto se tornou idéia fixa que oprimiu meu cérebro de tal forma que um dia resolvi arejar as idéias e abri a janela, mas em vez de uma brisa bateu um vento encanado e foi assim que peguei a tal pneumonia.

Brás tosse muito.

· Cena 4:

EM OFF

Brás: -Lembro como se fosse hoje, ela entrando pela porta, pálida, vestida de preto. Quem dirá que dois grandes namorados, duas paixões inesquecíveis se acabariam desse jeito. Nada mais existia entre nós ali, vinte anos depois, e lá está ela meu grande pecado da juventude.

Como não existe juventude sem infância e infância lembra nascimento...

· Cena 5:

EM OFF

Brás: ... chegamos ao dia vinte de outubro de 1805, data a qual nasci.

Desde os cinco anos mereci o apelido de menino diabo e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquina e voluntarioso.

· Cena 6:

EM OFF

Brás: -Com um tempo e já rapaz, escolhi minha princesa.

Brás anda de encontro à Marcela com uma caixa em mãos.

Brás: -Trouxe um presente para você, gostou?

Ela abre a caixa e olha o colar que está dentro dela.

Marcela: -Bonito, mas não é tão bonito quanto o que eu vi outro dia.

Brás: -Onde?

Marcela: -Na Brandão Jóias, era um colar de ouro com cinco rubis e os brincos combinando. Mas mesmo que você me comprasse não aceitaria. – Marcela se aproxima de Brás e diz: -Porque você é diferente, eu gosto de você.

EM OFF

Brás: -Marcela me amou por quinze meses e onze contos de reis.

· Cena 7:

Brás está sentando enquanto seu pai, de pé, lhe dá uma bronca.

Pai de Brás: -Você é louco? Gastou cinqüenta mil reais com uma só mulher. Vou por um fim nisso. Você vai para Lisboa pra ver se toma jeito.

· Cena 8:

Brás vai encenando tudo que diz a narração

EM OFF

Brás: No primeiro dia pensei em me matar. No segundo dia em virar padre. No terceiro me embebedei até cair. No quarto pensei em escrever uma carta para marcela. No quinto comecei a pensar na Europa. No sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa.

Em seis dias Deus fez o mundo e eu esqueci Marcela.

· Cena 9:

Brás está sentado a ler uma carta.

EM OFF

Brás: Quando ainda estava na Europa, alguns anos depois de formado recebi uma carta de meu pai informando que minha mãe estava muito doente e que eu precisava voltar logo ou a encontraria morta. Essa ultima frase foi um golpe pra mim resolvi então trocar as mulheres por minha mãe, e a Europa por minha casa.

· Cena 10:

Brás encontra com seu pai que diz: - Tua mãe morreu!

EM OFF

Brás:- Esta foi a primeira vez que senti a tristeza de perder alguém assim tão importante.

Brás: - Pai estou inconformado com a morte da minha mãe vou pra nossa casa.

· Cena 11:

Brás encontra com uma velha amiga da família.

Amiga da Família- Brás?Quanto tempo? Já está um homem feito quem diria! Conta-me um pouco sobre a sua viagem, e os namoros? Ah, deixa eu te apresentar minha filha Eugênia.

Brás- Uau! Mais ela já é uma moça feita, quantos anos ela tem? 15?

Amiga da família- 15 mais um.

Brás: -Vamos dar uma volta e eu lhe contarei tudo sobre a minha viagem.

Saem andando ele e Eugênia.

Brás- Machucou o seu pé?

Eugênia- Não, eu sou assim mesmo.

· Cena 12:

Eugênia está na sala, sozinha, então Brás chega com flores nas mãos.

EM OFF

Brás: Eu sei que existe algumas maneiras de conseguir um beijo: primeiro sempre leve flores, segundo: toque levemente seu braço, então chegue perto e dê um beijo.

Brás: Vou me candidatar a deputado e conhecer a minha futura esposa que meu pai arranjou.

Eugênia: Faz bem em não se casar comigo.

EM OFF

Brás: ate pensei em me casar com ela, mas uma terrível dúvida não me deixou fazê-lo, porque coxa se bonita, porque bonita se coxa, porque coxa se bonita, porque bonita se coxa...

· Cena 13:

Sala onde o pai de Brás apresenta a noiva ao seu filho

Pai de Brás: Essa é Virgilia Brás.

EM OFF

Brás: Virginia era a moça mais linda da região. Pensava que minha história com Virgínia ia bem, ate ela conhecer Lobo Neves que além de roubar minha candidatura encantou minha mulher. Como não a amava ainda aquela cena nem sequer me causou ciúmes. Mais meu pai não suportou ficou doente e logo morreu.

· Cena 14:

Brás está sentado na sua mesa sozinho e pensativo.

EM OFF

Brás: Com pouco tempo me sentindo solitário escrevi sobre política e fiz grandes ensaios.

· Cena 15:

Brás entra e vê pessoas sentadas em uma mesa jogando baralho. Ele repara em uma moça que está sentada.

Brás: Mas que bela mulher. Nossa! É Virgília.

Brás cumprimenta seu amigo Lobo Neves que está sentado à mesa.

Virgília: Querido, vamos dançar. – Diz Virgília a Lobo Neves.

Lobo Neves, sem nem olhar para o rosto de Virgília: Agora não, não vê que estou jogando.

Após isso ele se dirige a Brás e diz: Brás, meu amigo, você não poderia dançar com Virgília?

Brás: Claro, seria um prazer.

E sai levando Virginia e começam a dançar.

· Cena 16:

Brás bate na porta da casa de Virgília.

EM OFF

Brás: Ao começar a frequentar a casa de Virgília logo me tornei amigo da família, o nosso amor era a troca de sorrisos e olhares. E esse amor cresceu tanto que cheguei a querer abandonar tudo por aquela mulher.

Brás: Virgília aceita fugir comigo? Tenho dinheiro pra morarmos em qualquer lugar do mundo.

Virgília: mais meu marido me mataria.

Brás: Então temos que achar um jeito de nos encontrarmos.

· Cena 17:

Brás está em uma praça distraído quando é interrompido por um sujeito mal apessoado, sujo e vestindo trapos.

EM OFF

Brás: Tudo ia bem até aquele dia, pensei em ate fazer algo da vida como virar ministro.

Quincas Borba: Brás Cubas! Deve se lembrar de mim, Quincas Borba. Até um tempo atrás estava bem, você deve se lembrar, mas, como sabe a vida da muitas voltas, e hoje eu estou aqui sem nada. Eu agradeceria muito se tivesse algo para me ajudar.

Brás responde meio desinteressado, querendo sair logo daquele lugar: Passe na minha casa, talvez possa lhe arrumar algum trabalho.

Quincas Borba: Estou com fome, eu preciso de dinheiro.

Brás: Eu posso te dar, mas você vai ter que...

Quincas o interrompe arrancando o dinheiro de sua mão e depois disso diz: Obrigado.

· Cena 18:

Brás está sentado conversando com o Lobo Neves.

Lobo Neves: Eu fui chamado para ser governador de outro estado, e espero que você possa ser meu assessor.

Brás: Seria uma honra.

EM OFF

Brás: Aquele pedido de Lobo Neves foi o salvador do meu indecoroso amor com Virgília.

· Cena 19:

EM OFF

Brás: Existia uma empregada e protetora de Virgília que nos ajudava em nossa infidelidade. Um dia quando estávamos os dois namorar ela nos interrompeu e disse:

Empregada de Virgília: Rápido seu Brás, se esconda, o Lobo Neves está vindo para cá?

Eu me escondi e logo o Lobo Neves apareceu.

Virgília: Oi querido, o que faz aqui?

Lobo Neves: Estava passando por aqui e vi a senhora na frente e resolvi visitá-la.

· Cena 20:

EM OFF: Certo dia recebei uma carta do meu infortunado amigo Quincas Borba:

“Caro Brás, se pode se lembrar, da última vez que nos encontramos disse-lhe que o mundo dá muitas voltas, venho com esta carta confirmar o que lhe disse. Não sou mais aquele mendigo, me tornei rico pela herança de um tio hoje virei te visitar e te contarei tudo.

Quincas Borba bate na porta e é recebido por Brás. Agora bem vestido e limpo.

Quincas Borba: Como pode ver, não sou mais aquele homem destruído que te tomou um mísero real para matar a fome. Mas a mudança que ocorreu em mim não é apenas a que você pode ver também me tornei um novo homem por dentro e devo tudo isso a minha filosofia: ao vencedor as batatas.

· Cena 21

Brás está andando, pensativo.

EM OFF

Brás: Chegou um momento em minha vida em que resolvi fazer alguma coisa dela. Eu já estava com sessenta anos, e Virgília cada vez mais velha e mais linda. Resolvi que iria ser deputada. Mas não durou muito.

Logo soube da morte do Lobo Neves, e confesso que fiquei um pouco feliz com essa notícia.

Cena 22:

Cena idêntica a cena três.

EM OFF

Brás: Entre a morte de Quincas e a minha o fato mais importante foi à invenção do Emplasto Brás Cubas, um remédio que buscava diminuir a dor e a melancolia da humanidade.

· Cena 23:

Cena idêntica a cena 2.

EM OFF

Brás: Se não tive sucesso em meu remédio, não me tornai ministro, não conheci o casamento e assumo que nunca consegui dinheiro com o suor do meu rosto, no fim das contas, digo que tive um saldo positivo com a vida: não tive filhos, não transmite aos meus a triste realidade da existência humana.

Obs: EM OFF: Narração feita fora da cena. Usamos esse termo no roteiro para não confudir o leitor já que as narrações são feitas pelo personagem principal.