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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Primo Basílio 2º C Mat.

Os personagens:

Luisa (Jéssica): Representa a jovem romântica, inconsequüente nas suas atitudes, a adultera e, no final, arrependida.

Jorge (Markley): Marido dedicado de Luiza, homem prático e simples, que contrasta com a personalidade mudana e sedutora de Basílio.

Basílio (Lucas Neves): Dândi, conquistador e irresponsável, ‘’bom vivant’’ pedante e cínico. Como todo dândi, latente em estar bem vestido e arrumado.

Juliana (Marilise): personagem, mas completa e acabada da obra, tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação a profissão. Feia, virgem, solteirona, bastarda, é inconformada com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, principalmente seus patrões. Não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral.

Sebastião (Victor Manfrine): personagem simpático que permanece fiel a Jorge e ao mesmo tempo ajuda Luisa. Sebastião é o único que não apresentava nenhuma critica a sociedade lisboeta.

Leonor (Natana): amiga de Luisa, casada e adultera. Sempre em busca de novos prazeres e assim amantes tem uma má reputação, e é uma possível influencia para o comportamento de Luisa.




A história

CAPÍTULO 1: O ENCONTRO

[Luisa sobe uma escada de forma retangular. Ao fundo uma música festiva. A câmera a segue. Ela se esbarra em alguém. Nesse momento, o foco da câmera está apenas em Luísa]

Basílio: – Prima!
Luisa: – Basílio!
[Abre a imagem e a câmera foca ambos]
Basílio: – Como estas mudada! [Ele faz uma cara de surpreso em vê-la]
Luisa: – Velha? – [ Ela fala em tom de brincadeira]
Basílio: – Linda! [ Nesse momento, Basílio pega a mão de Luísa e beija-a.Ele percebe o anel. A câmera foca na mão]
Luisa: – Casei. [ Volta o foco para ambos]
Basílio: – Não acredito que você tenha feito isso comigo. [Luísa sorri]
Luisa: – Me conta, fazendo o que na terra da garoa?
Basílio:[ em tom sedutor] – Vim conferir se São Paulo não pode mesmo parar. E morreria de desgosto por ter perdido você. A verdade é que meu coração nunca saiu daqui. [Luísa fica tímida] Luisa: – Vem, vem eu quero te apresentar ao Jorge, meu marido. [ Ela pega-o pelo braço, ele rejeita com a mão]
Basílio: – Mais tarde. Estou com amigos me esperando.
[ A câmera vai se distanciando. Nesse momento mostra-se os personagens na festa. Aparece um rapaz que fala no ouvido de Basílio] : ‘’Com licença, o Dr. Goldberg esta atrás de você.’’
[Luísa e Basílio se olham. Volta a câmera pros dois personagens]
Basílio: – Eu te ligo.
[Luísa beija Basílio no rosto. Jorge vê. A câmera volta-se para Basílio, que vai em direção a festa. Corta-se a cena]

CAPÍTULO 2: O DESEJO

[A segunda cena começa numa sala. Basílio coloca uma música sedutora, e começa a dançá-la. A ângulo da câmera enquadra toda a sala]

Basílio: – O maior sucesso em Saint-Tropez . Vem cá. [ Ele puxa Luísa, que resiste]
Luisa: – Não, não! Não, para! [Em tom de quem vai ceder ao primo]
Luisa: – Não! Faz tempo que eu não danço ...
[ Ele a puxa novamente, de forma mais firme. Foco nos dois]
Basílio: – É só se deixar levar.
Luisa: –... Desde a noite do meu casamento.
[A câmera volta-se para os pés. Luísa pisa no pé e Basílio]
Luisa: – Viu? Viu como sou ruim?
[O enquadramento da câmera nesta hora, pega o corpo inteiro dos dois. Estão um pouco distantes]
Basílio: – Duvido. Tire os sapatos.
Luisa: – Hã? [tom confuso]
Basílio: - Os sapatos... tirem-os.
[Ela obedece e tirá-os]
Basílio: – Coloque seus pés sobre os meus. [ Novamente, Luísa se submete as ordens de Basílio. Começa um clima de atração entre os personagens]
Basílio: – Sabes que eu nunca consegui te esquecer?
Luisa: – Conversa.
[Basílio lhe dar um beijo. Ela retribui com um tapa na cara. A câmera nesta hora, está focada no rosto. Luísa sai correndo e desaparece da visão da câmera. A cena é cortada]

CAPÍTULO 3: O BUQUÊ DE ROSAS E A CARTA

[Nesta cena, Luisa está tomando café quando a empregada chega com o buquê de rosas. Ela pega o buquê e vê um cartão. Percebe que é de Basílio e sai correndo para o escritório para responder-lhe com uma carta. No mesmo momento a empregada chega chamando-a. Ela joga a carta na lixeira. A câmera segue Luisa em todos os momentos]

Juliana: – Dona Luisa? Dona Luisa, o Dr. Sebastião. Diz que é visita rápida. [foco na empregada] [Ela vai ao encontro de Sebastião. Os dois se sentam no sofá.]
Sebastião: – Que marido é esse que deixa uma uva dessas e vai pra aquele fim de mundo? Jorge tirou a sorte grande. [ a visão da câmera se abre nesse instante e focaliza nos dois]
Luisa: – Assim você me deixa sem graça. Mas que surpresa é essa?
Sebastião: – Vim ver se estas tudo bem. Se precisas de algo. Visita de médico.
Luisa: – Obrigada Sebastião, mas está tudo bem. Graças a Deus.
Sebastião: – Só precisas que o Jorge volte logo. Adivinhei?
[Luisa balança a cabeça em sinal positivo]
Sebastião: – Os dias devem ser vazios sem ele.
Luisa: – É uma tristeza.
Luisa: – Sebastião, só um instantinho.
[Ela sai, sobe a escada e vai ao escritório, percebi que a cesta de papeis estava vazia. Ela desce a escada correndo. A câmera acompanha seus passos]
Luisa: – Eu já volto. [Ela passa apressada por ele. Nesse momento, Sebastião já está em pé, ao lado do sofá]
[Ela vai ao quintal e olha a lixeira, e Juliana entra Foco nas duas. Ouve-se uma música tensa]
Luisa: – Você esvaziou a cesta de papéis?
Juliana: – Esvaziei sim, senhora.
Luisa: – Onde? Onde, criatura. –[Ela grita. Está desesperada]
Juliana: – Aqui na porta, no latão de lixo. Por que, D. Luisa? Fiz alguma besteira?
[Ela sai correndo e abre o portão da frente, abre o latão e não encontra a carta]
]Juliana: – Ah, meu deus. Mas não tem cinco minutos que eu despejei o lixo. Como é que esse caminhão foi passar rápido assim? Eu vi a lixeira cheia de papel, num tinha como saber, dona Luisa.
[Ela fica nervosa e anda pros lados. Volta a música tensa]
Joana: – Perdeu alguma coisa, dona Luisa?
Luisa: – Um papel que estava na cesta.
Joana: – Será que não caiu no caminho?
Luisa: – Talvez.
[Corta-se a cena]

CAPÍTULO 4: ‘’PARAÍSO’’

[Basílio esta sentado e Luisa passa em frente a porta. Ouve-se música romântica]

Basílio: – Já estava pensando que tinhas desistido.
[Luísa olha o lugar, está apreensiva. Basílio tira seu casaco. A música continua]
Basílio: – Foi o que eu consegui arrumar, assim, da noite pro dia. Não é luxuoso, mas é limpinho. E o mais importante: discrição total. [ Ela dá ênfase nesta última frase]
[Ele a abraça, começa a tocá-la]

Basílio: – Cada vez que eu ti vejo, te acho, mas fascinante. Sabias?
[Eles se beijam. Ele abre seu vestido. Ela senta na cama e começa a tirar à meia Foco nas pernas de Luísa.]
Basílio: – Você é muito linda.
[Ele vai em direção a ela e a agarra. A cena corta]

CAPÍTULO 5: A CHANTAGEM

[Luisa chega nervosa vai direito pro quarto e vê o local todo bagunçado. Juliana está no cenário, começando a arrumação do lugar]
Luisa: – Você ainda não arrumou nada? – [Ela grita, está irritada com Juliana]
Juliana: – Dona Luisa tava começando a arrumar.
Luisa: – Chega, eu cansei. Não agüento mais olhar pra sua cara nem mais um minuto na minha casa.
Juliana: – D. Luisa num me faz perder a cabeça... – [Ela põe a mão na cabeça. A câmera foca nela]
Luísa: – Rua! Rua!
Juliana: – Eu saio quando eu quiser! [em tom ameaçador. Ouve-se a música tensa novamente]
Luisa: – Você vai sair sim, e vai ser agora!
Juliana: – Eu saiu se eu quiser, se eu quiser!
[ Juliana aponta o dedo para Luísa, que lhe pega pelo braço e lhe joga fora do quarto. Foco nas duas]
Luisa: – Joana! Joana!
Juliana: – Eu num to aqui pra aturar faniquito de madame , não!
Luisa: – Olha, eu não admito...
[Juliana interrompe e grita] – Não admite o que? Não admite o que? A senhora não me conhece dona Luisa. Eu vou sair daqui a hora que eu quiser. Ta pensando que aquele cartão foi parar no lixo? – [ela balança a cabeça em sinal negativo]
Juliana: – Eu vivo no lixo, D. Luisa. E eu encontrei aquele papel que o doutor não vai gostar nada de ver.
[Luisa em tom assustado. O foco continua na Juliana] – O que?
Juliana: – To dizendo que... os ‘’cartão’’ do seu amante tão comigo!
[A câmera volta-se para Luisa. Ela abre o guarda roupa e começa a procurar os papéis]
Juliana: – E tem uma cartinha da senhora também viu?
[Luisa começa a chorar]
Juliana: – A senhora vai me dar licença que ainda tenho muito serviço pra fazer.
[Juliana sai e a cena é cortada]

CAPÍTULO 6: OS CONSELHOS DE LEONOR

[Esta cena acontece na sala. Estão presentes Luísa e Leonor]

Leonor: – Que filha da mãe! É isso que dá herdar empregada. [ Ela diz em tom irônico]
[Luisa chora. Está desesperada]: – E agora, Leonor? Agora o Jorge me mata!
Leonor: – Calma Luisa tem que ter calma.
Luisa: – Eu não sei o que fazer.
Leonor: – A primeira coisa é negar, negue sempre. Se tiver que morrer, morra, mas morra negando.
Luisa: – Ela tem provas, Leonor!
Leonor: – Diga que são falsas, Luisa.
Luisa: – Tem uma carta minha!
Leonor: – Esperto!
Luisa: – É isso!
Leonor: – O que Luisa?
Luisa: – Fugir! Eu vou fugir pra Europa com o Basílio.
[A cena é cortada]

CAPÍTULO 7: LUÍSA CONTA A BASÍLIO

[Esta cena começa com Luísa no telefone]

– Alô? O Sr. Basílio já chegou?... Não, eu já deixei. Ah, não, quero deixar recado sim. Diga a ele que Luisa esta indo pro Paraíso. É. É, Paraíso.
[Luisa arruma as malas, desce as escadas. Na porta, ela se vira e dá uma olhada na casa, como se estivesse se despedindo]
[A cena é cortada, e já volta com Luísa no quarto ‘’Paraíso’’]
[Luisa espera Basílio no quarto. Mostra-se o relógio, com o tempo passando rapidamente]
[ Basílio chega. A câmera foca nos dois]
Luisa: – Ô meu amor. [ Tom entristecido]
Basílio: – Ei, ei, ei. Calma que o petróleo é nosso.
Luisa: – Não brinca com isso, Basílio.
Basílio: – O que pode ser de tão sério numa hora dessas?
Luisa: – Sabe a Juliana? A empregada lá de casa?
Basílio: – Sei... [ Ele está confuso]
Luisa: –Ela esta com todos os cartões que você me mandou. Ela pegou tudo.
Basílio. – É... É um abacaxi. Mas não é o caso de fugir, Luisa. O que essa mulher quer é dinheiro, ta na cara. É ver quanto é.
Luisa. – Não! Não adianta pagar! Ela pode abrir a boca na hora que quiser, ela é má, Basílio. Eu não posso continuar em são Paulo. Posso dormir aqui hoje, mas amanhã... Amanhã tem que ter um avião pra Paris! [Ela continua desesperada. A câmera se distancia e a cena é cortada]

CAPÍTULO 8: A AJUDA DE SEBASTIÃO

[Esta cena passa-se no escritório de Sebastião. Há muitos documentos sobre a mesa, ele está sentado diante de Luísa]

Sebastião: – Porque você não me falou isso antes?
Luisa diz: – Cadê coragem, Sebastião? [Ela chora]
Sebastião: – Oh Luisa...
Luisa: – Eu não sei o que fazer. Meu casamento acaba se o Jorge... Eu o amo demais! Eu na posso perder o meu marido. Eu não posso! Eu morro.
Sebastião: – Se depender de mim, você não ai morrer nunca. Eu vou... Eu vou dar um jeito nisso. [ Foco no rosto de Sebastião. A cena corta]

CAPÍTULO 9: A MORTE DE JULIANA

[Esta cena passa-se na frente e dentro da casa.Estão presentes na cena o policial, Sebastião e Juliana. Sebastião bate na porta e Juliana vem atendê-lo]

Juliana: – Dr. Sebastião, num tem ninguém em casa, não.
Policial: – É com você mesmo, que eu quero falar.
Juliana: – Pra que?
[Sebastião entra e fecha a porta]: – Os cartões. Eu quero todos os cartões que você roubou da Luisa.
Juliana: – Que cartões? Eu num sei de cartão nenhum. [ Ela está surpresa]
[O policial pega em seus cabelos e diz em tom ameaçador]: – Quero os cartões e as jóias!
Juliana: – Que jóias?
Sebastião: – Não enrola, fala logo! Onde estão. [Ele grita]
[Policial agride Juliana. A câmera está de lado, focando nos três]
Juliana: – Ai, doutor num faz isso, pelo amor de Deus, eu sou doente!
[Sebastião grita]: – Não complica as coisas.
Juliana: – Ai, doutor!
[Sebastião grita]: – Fala!
Juliana: – Ai, eu digo, eu digo. Eu digo. Ai, pelo amor de Deus, eu digo!
[Juliana pega as cartas e entrega a Sebastião, depois entra no carro com ele e o policial. A cena corta]
[Eles aparecem no meio de um mato]
Juliana: – Que lugar é este, D. Sebastião? Doutor, fala comigo, doutor.
Policial: – Vai, salta. Salta.
Juliana: – Saltar pra que? O que vocês vão fazer comigo?
Policial: – Vai!
Juliana: – Doutor quero ficar com o senhor! [Ela chora de desespero]
Juliana: – Meu Deus, eu não fiz nada!
Policial: – Não me dá trabalho, não!
Juliana: – Eu não vou! Ai! Eu não vou!
[Som de tiro. A câmera está focada no chão, vê-se o corpo de Juliana cair. A cena é cortada]

CAPÍTULO 10: SEBASTIÃO, A MORTE E JORGE

[Esta cena passa-se na cozinha. Estão presentes Jorge, Luísa e Sebastião]
[Jorge e Luísa almoçam, quando Sebastião chega. Ele está em tom pálido]

Jorge: – O que aconteceu, rapaz?
Sebastião: – Uma tragédia.
Jorge: – Vamos, sente-se. [A câmera foca os três]
Luisa: – O que, Sebastião? Fala!
Sebastião: – A Juliana me ligou. Disse que você a tinha despedido, que era pra eu lhe dar referências. Falei pra ela ir lá pro escritório. Ai meu Deus!
Jorge: – O que, Sebastião?
Sebastião: – Juliana morreu... atropelada. A policia me ligou. O meu telefone tava na carteira dela.
[Jorge faz o sinal da cruz]: – Minha Nossa Senhora!
[Luisa coloca a mão na cabeça]: – Que horror.
Jorge: – Que foi amor, dor de cabeça? Vou pegar uma aspirina.
[Jorge levanta e sai de cena. Sebastião entrega os cartões a Luisa, que esconde-os na gaveta da cozinha]
Sebastião: – Espero que seja isso. Não li, é claro.
Luisa: – Como é que eu posso te agradecer?
Sebastião: – Se dedicando ao seu marido.
[A cena corta]

CAPÍTULO 11: A DOENÇA DE LUÍSA

[Nesta cena, Luisa está na cama, febril. A cena corta]
[Jorge pega a correspondência. Ele vai para o quarto, onde está Luísa]
[A cena volta para Luisa, Jorge já está no cenário nesta hora. Ela está a delirar, chamando por Basílio, Jorge ouve. A câmera foca na carta que tem como destinatário o Basílio. Ele abre a correspondência e começa a ler e a ficar aflito. Ouve-se uma música triste ao fundo, e a cena corta]
[Nesta outra cena, Luísa já está acordada]

Luisa: – Você passou a noite tão calado.
Jorge: – Impressão
Luisa: – O que esta acontecendo, Jorge? Môzinho, eu te conheço. Foi ter atrasado a volta a construção?
[Jorge pega a carta na gaveta]
Jorge: - Há duas semanas que eu vivo num inferno, Luisa. [ Ele joga a carta sobre o seu corpo doente. Ela ainda está de cama]
Jorge: – É pra você, leia. [ Tom desiludido]
[Luisa pega a carta e começa a ler. Ela fica nervosa e começa a chorar]
Luisa: – Jorge...
[ Ela desmaia e a cena corta]

CAPÍTULO 12: A MORTE DE LUÍSA

[A cena continua no quarto. Luísa ainda está febril, porém acordada]

Jorge: – Esta se sentido melhor?
Luisa: – A cabeça... A cabeça um pouco pesada. [ Ela toca seu rosto. Está pálida e suada]
[Leonor aparece na porta do quarto, Jorge levanta e vai e sua direção]

Jorge: – O que você quer?
Leonor: – Ver minha amiga. Não posso?
[Jorge dá espaço a Leonor entrar no quarto. Ela para em frente a porta, espantada com o estado de Luísa]
Luisa: – Não, Jorge. Leonor não. Essa puta não, Jorge. Tira essa puta de perto de mim! Tira essa puta de perto de mim! Tira essa puta! Puta! Essa puta! Manda essa puta embora! Sua puta! [ Ela grita e chora ao mesmo tempo]
[Leonor sai do quarto e a cena corta]
Jorge: – Não pode desanimar. Você vai ficar boa, meu amor.
[Luisa vira o rosto]
Jorge: – Luisa... você tem que melhorar...
[Ele beija sua testa, passa a mão no seus cabelos, e pega a sua mão]
Jorge: – Eu te amo. Te amo, te amo. Eu não tenho ninguém mais. Não tenho ninguém. Eu to sozinho. Eu te amo. Te amo mais que tudo nessa vida. Me perdoa. Me perdoa, Luisa. Me perdoa, meu amor. Me perdoa. Você vai ficar boa, Luisa. Eu te amo de qualquer jeito, Luisa. Eu te quero de qualquer jeito, meu amor. Eu te amo. Me perdoa pelo amor de Deus, Luisa. Me perdoa. Eu te amo! Não me deixe só. Por favor... Eu te amo. Me perdoa. Me perdoa. Não me deixe aqui sozinho.
[Sebastião vai ao seu lado apoiá-lo. Luísa adormece eternamente]
Jorge: – Não, não. [ Ele chora muito, está inconformado]
[Jorge a abraça e lhe dá o último beijo. A cena corta]

CAPÍTULO 13: O FIM DE BASÍLIO

[Basílio sobe a escada do teatro. É a mesma do início do filme. Ao seu lado, está um amigo]

Amigo: – Sinceramente, sempre achei essa sua relação com a prima meio... ‘’recordar é viver’’. Porque, cá entra nós, ela não era lá essas coisas, confessa.
Basílio: – É... Uma esposinha. Mas tinha potencial. Oh! Se tinha. Tadinha, morreu. É... MAS ANTES ELA DO QUE EU! [Tom irônico]
[A cena corta]
[Créditos finais]

2° A Matutino: A Cartomante - Machado de Assis

Roteiro
A Cartomante - Machado de Assis

O reencontro dos amigos de infância.
Cena 1
Vilela apresenta Rita á Camilo.

Cena 2
Vilela, Rita e Camilo jogam baralho na sala do casal.

Eis que o amor e a traição se colocam em seus caminhos
.
Cena 3
Rita e Camilo passeiam no jardim.

Cena 4
Camilo fica assustado ao receber uma carta.

Cena 5
Vilela comenta com Rita que Camilo não foi mais visitá-los.

Cena 6
Rita entra numa casa, disfarçadamente.

Cena 6
Rita e a cartomante conversam.

Cena 8
Rita conta a Camilo da visita á cartomante enquanto passeiam. Eles passam em frente a casa da cartomante e Rita lhe mostra a Fachada.

Mas o segredo foi descoberto.
Cena 9

Camilo recebe um bilhete de Vilela o convidando-lhe para ir á sua casa.

Cena 10 (Desespero)
Camilo caminha desesperado pelas ruas. Ele vê a casa da cartomante.

Culpa

Cena 11
Camilo senta-se diante da cartomante.

Agonia

cena 12
Camilo e a cartomante conversam.

Cena 13 (Alívio)
A cartomante tranqüiliza Camilo. Ele despede-se dela.

Cena 14 (Por pouco tempo)
Camilo chega á casa de Vilela.

Cena 15
Camilo vê Rita morta.

Cena 16
Vilela mata Camilo.



2º A Matutino - Memórias Póstumas

Roteiro

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Personagens

Brás Cubas

Pai de Brás Cubas

Marcela

Amiga da Família

Eugênia

Lobo Neves

Virgília

Empregada de Virgília

Quincas Borba

O objetivo deste vídeo é resumir, de forma divertida, o livro que foi o marco do Realismo na literatura brasileira, umas das obras mais importantes de Machado de Assis.

Cenas

· Cena 1:

Brás está deitado, depois se levanta, a câmera o segue, ele senta em uma mesa e começa a escrever. Em determinado momento olha fixamente para a câmera e diz:

-Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança, estas memórias póstumas.

Fade out.

· Cena 2:

Brás está deitado, imóvel em uma cama, várias pessoas em sua volta, todas tristes, algumas chorando. Uma pessoa põe as mãos em cima das deles e diz melancólicamente:

-Morto!

-Quantos anos ele tinha?

-Sessenta e quatro anos era solteiro e tinha muito dinheiro.

· Cena 3:

Brás está sentado atrás de uma mesa lendo e pesquisando, imerso em seus pensamentos.

EM OFF

Brás: -Morri em uma sexta feira de agosto de 1869. Dizem que morre de uma pneumonia, mas acho que morri de uma idéia grandiosa: a invenção do Emplasto Brás Cubas.

O emplasto se tornou idéia fixa que oprimiu meu cérebro de tal forma que um dia resolvi arejar as idéias e abri a janela, mas em vez de uma brisa bateu um vento encanado e foi assim que peguei a tal pneumonia.

Brás tosse muito.

· Cena 4:

EM OFF

Brás: -Lembro como se fosse hoje, ela entrando pela porta, pálida, vestida de preto. Quem dirá que dois grandes namorados, duas paixões inesquecíveis se acabariam desse jeito. Nada mais existia entre nós ali, vinte anos depois, e lá está ela meu grande pecado da juventude.

Como não existe juventude sem infância e infância lembra nascimento...

· Cena 5:

EM OFF

Brás: ... chegamos ao dia vinte de outubro de 1805, data a qual nasci.

Desde os cinco anos mereci o apelido de menino diabo e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquina e voluntarioso.

· Cena 6:

EM OFF

Brás: -Com um tempo e já rapaz, escolhi minha princesa.

Brás anda de encontro à Marcela com uma caixa em mãos.

Brás: -Trouxe um presente para você, gostou?

Ela abre a caixa e olha o colar que está dentro dela.

Marcela: -Bonito, mas não é tão bonito quanto o que eu vi outro dia.

Brás: -Onde?

Marcela: -Na Brandão Jóias, era um colar de ouro com cinco rubis e os brincos combinando. Mas mesmo que você me comprasse não aceitaria. – Marcela se aproxima de Brás e diz: -Porque você é diferente, eu gosto de você.

EM OFF

Brás: -Marcela me amou por quinze meses e onze contos de reis.

· Cena 7:

Brás está sentando enquanto seu pai, de pé, lhe dá uma bronca.

Pai de Brás: -Você é louco? Gastou cinqüenta mil reais com uma só mulher. Vou por um fim nisso. Você vai para Lisboa pra ver se toma jeito.

· Cena 8:

Brás vai encenando tudo que diz a narração

EM OFF

Brás: No primeiro dia pensei em me matar. No segundo dia em virar padre. No terceiro me embebedei até cair. No quarto pensei em escrever uma carta para marcela. No quinto comecei a pensar na Europa. No sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa.

Em seis dias Deus fez o mundo e eu esqueci Marcela.

· Cena 9:

Brás está sentado a ler uma carta.

EM OFF

Brás: Quando ainda estava na Europa, alguns anos depois de formado recebi uma carta de meu pai informando que minha mãe estava muito doente e que eu precisava voltar logo ou a encontraria morta. Essa ultima frase foi um golpe pra mim resolvi então trocar as mulheres por minha mãe, e a Europa por minha casa.

· Cena 10:

Brás encontra com seu pai que diz: - Tua mãe morreu!

EM OFF

Brás:- Esta foi a primeira vez que senti a tristeza de perder alguém assim tão importante.

Brás: - Pai estou inconformado com a morte da minha mãe vou pra nossa casa.

· Cena 11:

Brás encontra com uma velha amiga da família.

Amiga da Família- Brás?Quanto tempo? Já está um homem feito quem diria! Conta-me um pouco sobre a sua viagem, e os namoros? Ah, deixa eu te apresentar minha filha Eugênia.

Brás- Uau! Mais ela já é uma moça feita, quantos anos ela tem? 15?

Amiga da família- 15 mais um.

Brás: -Vamos dar uma volta e eu lhe contarei tudo sobre a minha viagem.

Saem andando ele e Eugênia.

Brás- Machucou o seu pé?

Eugênia- Não, eu sou assim mesmo.

· Cena 12:

Eugênia está na sala, sozinha, então Brás chega com flores nas mãos.

EM OFF

Brás: Eu sei que existe algumas maneiras de conseguir um beijo: primeiro sempre leve flores, segundo: toque levemente seu braço, então chegue perto e dê um beijo.

Brás: Vou me candidatar a deputado e conhecer a minha futura esposa que meu pai arranjou.

Eugênia: Faz bem em não se casar comigo.

EM OFF

Brás: ate pensei em me casar com ela, mas uma terrível dúvida não me deixou fazê-lo, porque coxa se bonita, porque bonita se coxa, porque coxa se bonita, porque bonita se coxa...

· Cena 13:

Sala onde o pai de Brás apresenta a noiva ao seu filho

Pai de Brás: Essa é Virgilia Brás.

EM OFF

Brás: Virginia era a moça mais linda da região. Pensava que minha história com Virgínia ia bem, ate ela conhecer Lobo Neves que além de roubar minha candidatura encantou minha mulher. Como não a amava ainda aquela cena nem sequer me causou ciúmes. Mais meu pai não suportou ficou doente e logo morreu.

· Cena 14:

Brás está sentado na sua mesa sozinho e pensativo.

EM OFF

Brás: Com pouco tempo me sentindo solitário escrevi sobre política e fiz grandes ensaios.

· Cena 15:

Brás entra e vê pessoas sentadas em uma mesa jogando baralho. Ele repara em uma moça que está sentada.

Brás: Mas que bela mulher. Nossa! É Virgília.

Brás cumprimenta seu amigo Lobo Neves que está sentado à mesa.

Virgília: Querido, vamos dançar. – Diz Virgília a Lobo Neves.

Lobo Neves, sem nem olhar para o rosto de Virgília: Agora não, não vê que estou jogando.

Após isso ele se dirige a Brás e diz: Brás, meu amigo, você não poderia dançar com Virgília?

Brás: Claro, seria um prazer.

E sai levando Virginia e começam a dançar.

· Cena 16:

Brás bate na porta da casa de Virgília.

EM OFF

Brás: Ao começar a frequentar a casa de Virgília logo me tornei amigo da família, o nosso amor era a troca de sorrisos e olhares. E esse amor cresceu tanto que cheguei a querer abandonar tudo por aquela mulher.

Brás: Virgília aceita fugir comigo? Tenho dinheiro pra morarmos em qualquer lugar do mundo.

Virgília: mais meu marido me mataria.

Brás: Então temos que achar um jeito de nos encontrarmos.

· Cena 17:

Brás está em uma praça distraído quando é interrompido por um sujeito mal apessoado, sujo e vestindo trapos.

EM OFF

Brás: Tudo ia bem até aquele dia, pensei em ate fazer algo da vida como virar ministro.

Quincas Borba: Brás Cubas! Deve se lembrar de mim, Quincas Borba. Até um tempo atrás estava bem, você deve se lembrar, mas, como sabe a vida da muitas voltas, e hoje eu estou aqui sem nada. Eu agradeceria muito se tivesse algo para me ajudar.

Brás responde meio desinteressado, querendo sair logo daquele lugar: Passe na minha casa, talvez possa lhe arrumar algum trabalho.

Quincas Borba: Estou com fome, eu preciso de dinheiro.

Brás: Eu posso te dar, mas você vai ter que...

Quincas o interrompe arrancando o dinheiro de sua mão e depois disso diz: Obrigado.

· Cena 18:

Brás está sentado conversando com o Lobo Neves.

Lobo Neves: Eu fui chamado para ser governador de outro estado, e espero que você possa ser meu assessor.

Brás: Seria uma honra.

EM OFF

Brás: Aquele pedido de Lobo Neves foi o salvador do meu indecoroso amor com Virgília.

· Cena 19:

EM OFF

Brás: Existia uma empregada e protetora de Virgília que nos ajudava em nossa infidelidade. Um dia quando estávamos os dois namorar ela nos interrompeu e disse:

Empregada de Virgília: Rápido seu Brás, se esconda, o Lobo Neves está vindo para cá?

Eu me escondi e logo o Lobo Neves apareceu.

Virgília: Oi querido, o que faz aqui?

Lobo Neves: Estava passando por aqui e vi a senhora na frente e resolvi visitá-la.

· Cena 20:

EM OFF: Certo dia recebei uma carta do meu infortunado amigo Quincas Borba:

“Caro Brás, se pode se lembrar, da última vez que nos encontramos disse-lhe que o mundo dá muitas voltas, venho com esta carta confirmar o que lhe disse. Não sou mais aquele mendigo, me tornei rico pela herança de um tio hoje virei te visitar e te contarei tudo.

Quincas Borba bate na porta e é recebido por Brás. Agora bem vestido e limpo.

Quincas Borba: Como pode ver, não sou mais aquele homem destruído que te tomou um mísero real para matar a fome. Mas a mudança que ocorreu em mim não é apenas a que você pode ver também me tornei um novo homem por dentro e devo tudo isso a minha filosofia: ao vencedor as batatas.

· Cena 21

Brás está andando, pensativo.

EM OFF

Brás: Chegou um momento em minha vida em que resolvi fazer alguma coisa dela. Eu já estava com sessenta anos, e Virgília cada vez mais velha e mais linda. Resolvi que iria ser deputada. Mas não durou muito.

Logo soube da morte do Lobo Neves, e confesso que fiquei um pouco feliz com essa notícia.

Cena 22:

Cena idêntica a cena três.

EM OFF

Brás: Entre a morte de Quincas e a minha o fato mais importante foi à invenção do Emplasto Brás Cubas, um remédio que buscava diminuir a dor e a melancolia da humanidade.

· Cena 23:

Cena idêntica a cena 2.

EM OFF

Brás: Se não tive sucesso em meu remédio, não me tornai ministro, não conheci o casamento e assumo que nunca consegui dinheiro com o suor do meu rosto, no fim das contas, digo que tive um saldo positivo com a vida: não tive filhos, não transmite aos meus a triste realidade da existência humana.

Obs: EM OFF: Narração feita fora da cena. Usamos esse termo no roteiro para não confudir o leitor já que as narrações são feitas pelo personagem principal.

2° B apresenta: A Cartomante – Machado de Assis

1º Ato

Narrador: “Há mais coisas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”, já dizia Shakespeare. E era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro 1869, quando este ria dela, por ter ido, na véspera a procura de uma cartomante.

(Rita e Camilo caminham pela rua)

Rita diz: Porque vocês são assim? Incrédulos! Pois saiba que fui, e ela adivinhou o motivo de minha consulta. Começou a por as cartas e disse: "A senhora gosta de um jovem..." Confessei que sim, e então ela continuou, pôs as cartas, as combinou, e por fim declarou que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade...

Camilo diz: Errou! (rindo)

Rita diz: Não seja tolo Camilo, se soubesse como tenho andado, e por sua culpa! Não ria de mim.

Camilo pega as mãos de Rita, e olha sério fixamente para ela.

Camilo diz: Quero-te, Rita, e quando estiver aflita não precisa freqüentar a cartomante alguma, pois tens a mim. Além do mais, é imprudente, Vilela pode saber...

Rita diz: Não se preocupe, tive muita cautela para entrar lá. E não passara ninguém pela rua na ocasião.

Camilo diz: Crê mesmo nestas coisas?

Rita diz: Sim, disse-me que há muita coisa misteriosa e verdadeira neste mundo.

Camilo diz: Citar Shakespeare de forma vulgar é tudo que ela sabe fazer? (risos)

Narrador: Camilo não acreditava em nada. Porque não podia dizê-lo, não possuía um só argumento: limitava-se a negar tudo. Porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava a incredulidade.

(Camilo levanta os ombros e continua a andar. Logo caminham em direções opostas, ambos sorrindo)

2º Ato

Narrador: Vilela e Camilo eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. E Camilo entrou no funcionalismo, até que sua mãe lhe arranjou um emprego público. No inicio de 1869, Vilela voltou para sua cidade natal, onde casara com uma moça bela e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo.

(Vilela e Rita chegam ao encontro de Camilo na casa que este lhe arranjara.)

Rita diz: É o senhor? (estende-lhe a mão) Não imagina o quanto meu marido fala bem de ti.

(Camilo olha para Rita fixamente. Encantado com tamanha beleza)

(Logo Vilela e Camilo conversam entre si, enquanto fala o narrador)

3º Ato

Narrador: Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor. Camilo usava a tristeza como pretexto para visitar Rita, dia após dia, e como surpresa inevitável, fora lhe despertado o amor recíproco.

(Na cena, Camilo e Rita juntos a mesa, tomando chá enquanto conversam sobre romances)

4º Ato

(A porta bate, Camilo levanta de sua poltrona, para receber uma misteriosa carta por de baixo da porta)

Camilo (lendo a carta em voz alta): Indigno, imoral, pérfido! Todos sabem de suas aventuras com a mulher de teu quase irmão!

(Camilo, pálido, permanece com face apavorada)

Narrador: Amedrontado, Camilo decide tornar esporádicas suas visitas a casa de Vilela. Este notou as ausências. Camilo respondeu que o motivo era uma paixão frívola de rapaz. Candura gerou astúcia. As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente. Pode ser que entrasse também nisso um pouco de amor-próprio, uma intenção de diminuir os obséquios do marido, para tornar menos dura à aleivosia do ato.

5º Ato

Rita diz: Será que fiz algo errado? Será que Camilo me esqueceu? Ó céus, o que devo fazer? (caminha de um lado para o outro, perdida em seus pensamentos, e sai depressa logo em seguida, em busca da cartomante)

Narrador: Vimos que a cartomante restituiu-lhe a confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. Correram ainda algumas semanas. Camilo recebeu mais duas ou três cartas anônimas, tão apaixonadas, que não podiam ser advertência da virtude, mas despeito de algum pretendente; tal foi a opinião de Rita, que, por outras palavras mal compostas, formulou este pensamento: - a virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; só o interesse é ativo e pródigo.

(Camilo e Rita, um frente ao outro, sentados na cama)

Camilo diz: Estou deveras preocupado, mal posso imaginar as conseqüências de nossos atos!

Rita diz: Irei levar as cartas, para comparar as letras, se alguma for igual, rasgo-a.

6º Ato

Narrador: O tempo passara, e Vilela começou a mostrar-se sombrio, falando pouco, desconfiado. E Camilo recebe um bilhete de Vilela, ainda na repartição.

Camilo (lê em voz alta): "Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora." O que diabos ele está pretendendo?

(Camilo procura por Rita, e não a encontra.)

Narrador: Confuso e inquieto, amedrontado com a reação de Vilela. Camilo decide procurar a cartomante...

(A Cartomante o leva para um cenário sombrio, onde o convida a sentar. Voltou três cartas sobre a mesa.)

Cartomante: Vejamos primeiro o que é que o trás aqui. O senhor tem um grande susto...

(Camilo balança a cabeça)

Cartomante: E quer saber se irá lhe acontecer alguma coisa, ou não?

Camilo diz: A mim e a ela.

(A cartomante pegou outra vez das cartas e baralhou-as)

Cartomante diz: As cartas me dizem... que nada acontecerá a nenhum dos dois. Mas seria indispensável cautela neste momento, pois existem muitos despeitados por aí.

Camilo diz: Obrigada! A senhora me recobrou a paz de espírito!

(A Cartomante levanta-se rindo)

Cartomante: Vá tranqüilo!


Ato final

(Camilo vai sorridente, mal teve tempo de abrir a porta, e apareceu-lhe Vilela)

Camilo diz: Desculpe, não pude vir mais cedo. O que houve?

(Vilela não responde, permanece apático, fez-lhe o sinal, e foram para o escritório.)

Camilo diz: NÃO! Não pode ser!

O corpo de Rita ensaguentado estendido sobre o tapete do escritório

(Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.)


FIM

Roteiro: Memórias Póstumas de Brás Cubas 2°C Matutino

Esta história começa com o protagonista Sr. Brás Cubas um homem culto, cheio de sonhos muito galanteador, que narra a sua morte de maneira romântica e divertida. A sua vida é contada dês do seu nascimento no dia 20 de outubro de 1869 até a sua morte no mês de agosto de 1805.

Neste momento Brás se encontra em uma sala, sentado numa poltrona preta com um ar mórbido onde conta sua vida desde da infância sem muitos detalhes, até a sua juventude onde dá maior ênfase, pois foi à fase pela qual ele jamais esquecera em sua vida pelo fato de ter conhecido a sua amada Vigília, porém antes dela teve outras paixões começando por...

Marcela, uma mulher ambiciosa com uma beleza exuberante que deixava todos os homens loucos, não foi diferente com Brás, ele lutou para conquistá-la, foram jóias e jóias pra que a bela Marcela se encantasse pelo jovem Brás ainda inexperiente em relação a um relacionamento. Nesta cena Cubas vai rever Marcela, depois de vários encontros o lugar é sempre a casa dela um ambiente aconchegante, sendo particularmente o seu quarto onde ela gosta muito de ler e admirar suas pedras preciosas, e desta vez Brás lhe presenteia com uma Jóia rara e muito cara, a bela mulher se derrama nos seus braços depois de fazer um “charminho” para Brás, seu romance durou 15 meses. Sua alegria durou pouco, ao seu pai descobrir que ele havia gastado 11 reis de jóias com a charmosa Marcela, ele ordena que Brás vá estudar em Londres, onde ele se forma em direito, e claro! Conhece várias mulheres, na Itália... Camencita, em Londres... Isabela, Alemanha... Helga. E agora já formado ele recebe uma carta tendo que volta para o Brasil, pois sua mãe estava a morrer e morreu. Triste com está historia ele vai para o interior chorar o luto de sua mãe onde conhece seu segundo amor.

Eugênia, doce Eugênia, uma jovem de 16 anos com uma beleza incomparável, um semblante angelical que despertou em Brás um novo sentimento, nesta cena de amor, em um ambiente alegre onde a brisa passa tocando o rosto de leve lembrando o aroma do campo despertando um sentimento de amor e paixão pelo jovem casal. Brás vai à casa da bela jovem para presenteá-la com flores, e claro com outro tipo de presente, o beijo de Eugênia que ele tanto esperava. A mãe de Eugênia o convida para um café, e ele por sua vez aceita sem exitar. Num dado momento o casal se encontra sozinho e na varanda Brás aproveita a oportunidade oferecendo as flores à tímida garota, que aceita já esperando a reação de Brás, que para conquistá-la usou três artifícios, as flores, o olhar terno, e o toque de leve no seu braço. E finalmente o primeiro beijo de Eugênia, após um dado momento Brás percebe que a garota manca de uma perna e descobre que ela é coxa de nascença, onde diminui seu afeto pela garota, Brás teria se casado com Eugênia ela era linda, porém coxa, coxa, porém linda.

Ao voltar para o Rio de Janeiro Brás conhece a maior de todas as mulheres que já passaram pela sua vida, Vigília. Ah! Vigília uma jovem atraente, de corpo deslumbrante um olhar sereno de pele clara, sendo angelical e ao mesmo tempo uma garota “tinhosa” e esperta, com ela não precisou de Jóias nem ao menos de flores, apenas o olhar terno e foram direto ao que interessava, o beijo. Entretanto para a tristeza de Cubas Vigília casa-se com Lobo Neves primeiro ministro que lhe promete mundo e fundos se ela aceitasse ao pedido, a garota deseja apenas se tornar Duquesa. Lobo Neves concorda, afirma que a tornaria até rainha se fosse preciso. Anos se passam e Vigília volta para o Rio de janeiro, onde começa uma inesquecível e alucinante historia de amor com Brás, eles se encontram toda tarde em um pequeno quarto, simples e arrumado onde o lugar principal é a cama de casal onde eles passam tardes e tardes deitados na maioria das vezes apenas acariciando um ao outro, o pequeno quarto não e tão belo quanto à casa de Vigília, mas é o lugar que não trocaria nem mesmo se fosse para morar na linda Paris. Após alguns dias ela descobre que está grávida, mas para a tristeza de Cubas ela perde o bebê e pior Lobo Neves é nomeado 1º ministro do Maranhão e parte com Vigília, despedaçando o coração de Brás.

E mais alguns anos se passam Cubas já aos 40 anos não está casado, sem herdeiros, velho e sozinho, completamente sozinho. É ai que ele decide se casar com uma bela jovem, Ialola que estava sendo praticamente atirada aos seus braços pelo próprio pai. Ele não tinha outra saída, já nesta idade e sozinho? A historia não podia terminar assim, então ele se encontra com Ialola em um jardim ensolarado, contemplando a paisagem os pássaros o arvoredo sentindo o coração palpita cada vez mais forte, afinal Ialola era muito bela tinha um copo perfeitamente esculpido, uma jovem seria que não era de muitas risadas, porém delicada nos seus passos e um olhar que penetrava a alma de qualquer homem. Após um longo encontro com beijos ardentes, Ialola morre, com um surto de febre amarela que teve na cidade, pobre Brás Cubas, sem esperança o tempo vai passando e ele continuamente envelhecendo.

Agosto de 1805 Brás está com 65 anos, velho, rico, e morrendo, de uma pneumonia que contraiu pelo ar, no momento decisivo de sua morte, ele está num quarto escuro, meio sombrio com sua camisa aberta e despojado na cama e tossindo muito e entrando pela porta lá está ela. Vinte anos depois Vigília, com um ar de senhora, um vestido escuro e um semblante abatido e com cabelos grisalha mais ainda muito bonita. E depois de poucas palavras com a Sr° Vigília, ele à elogia afirmando que apesar do tempo ela continua muito bela e infelizmente ele morre. Esta é a história de Brás Cubas.

Personagens:

Brás Cubas: Mario Jorge

Lobo Neves: Victor Brenno

Vigília: Daniele Santos

Eugênia: Danielle Xavier

Mãe de Eugênia: Izabelly Santos

Marcela: Sabrina Oliveira

Ialola: Valéria Bastos

Câmera Woman : Camila Oliveira

Memórias Póstumas de Brás Cubas – 2º ano B matutino

Roteiro sobre Filme adaptado

Vamos desenvolver uma adaptação moderna do filme Memórias Póstumas de Brás Cubas, com cenário, figurino e texto atuais, saindo do estilo original, que é de época. É importante ressaltar o caráter realista e irônico nas cenas a ser desenvolvidas. Vão ser utilizados cenários diferentes: um no campo, contando com mais liberdade de expressão dos personagens; outro numa casa, onde vai acontecer o desenrolar da história. O texto é basicamente narrado pelo falecido Brás Cubas, porém contendo a interferência de outros personagens para dramatizar e desenvolver a cena propriamente dita. Haverá a participação de alguns figurantes, para dar um tom mais real às cenas.

APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: A apresentação da história vai ser realizada no início do filme, com fotos relacionadas às falas de um narrador externo; também será exposto brevemente o perfil de cada personagem participante do filme. ELEMENTOS: música de fundo: Abelbeetle46 – Abelbeetle (remix).

PRIMEIRA CENA – (PERSONAGEM: BRÁS CUBAS FALECIDO, FIGURANTES E VIRGÍLIA) [foco: Brás Cubas Falecido] Brás Cubas se apresenta de forma irônica e sarcástica, advertindo ser diferente dos outros quando, ao contar sua história, começa pelo fim, falando da sua morte. Relata sua vida rica e solteira no Rio de Janeiro, falando ainda dos conselhos de seu pai para seguir a carreira política e se casar o mais depressa possível. [foco: Brás Cubas tossindo na cama] Tudo começa numa cama, onde Brás Cubas está à beira da morte, tossindo muito. Figurantes rezam pela vida do enfemo. [foco: Virgília] Virgília parece olhar para o enfermo com tristeza, ficando ali até sua morte. ELEMENTOS DO CENÁRIO: Numa sala. Música de fundo: primeiro momento (apresentação de Brás Cubas) Rockstar – Nickelback (sujeito a alterações); segundo momento (Brás Cubas morrendo) The Unforgiven – Metallica (sujeito a alterações).

SEGUNDA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO E MARCELA) [foco: Brás Cubas Falecido] Brás Cubas Falecido narra um trecho do seu caso amoroso com a cortesã espanhola Marcela, demonstrando que foi atraído por sua beleza e que para lhe conquistar bastaram trinta dias e três esmeraldas. Brás Cubas Jovem vai ao encontro de Marcela com um colar de pedras preciosas [foco: Marcela, encantada com o colar], ela diz não merecer tamanha demonstração de amor, alegando o alto custo da jóia. [foco: os dois se olhando com desejo] A todo o momento são lançados olhares insinuantes por parte dos dois personagens. Marcela denota grande interesse pela fortuna de Cubas, seduzindo-o. Brás Cubas Falecido narra o fim desse lance amoroso, enquanto que são passadas fotos do casal em diversos momentos, em especial a figura de Cubas dando presentes à cortesã. ELEMENTOS DO CENÁRIO: numa sala, ou quarto; um ambiente sedutor com rosas, bebidas. Música de fundo: Dança Cigana Espanhola – Yvette Horner.

TERCEIRA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO E EUGÊNIA) Esta nova personagem em cena foi mais um dos amores da vida do protagonista. [foco: Brás Cubas e Eugênia caminham lado a lado de braços dados] Brás Cubas Falecido, caminhando próximo dos dois, diz ter conhecido a moça através de uma amiga de longa data, que era sua mãe. Brás Cubas Jovem lança olhares de interesse ela, que parece correspondê-lo. Mas ele nota que ela manca, e questiona se ela machucou seu pé; [foco para o roto de Eugênia] Eugênia responde que é coxa de nascença e nota que o olhar do moço se torna frio. [Eugênia e Brás Cubas caminham de costas, largam-se os braços] Neste momento os dois ainda caminham e um ar de desconforto paira no ar. Ele, em pensamento diz: “Porque bonita, se coxa, porque coxa, se bonita?”, pondo fim ao romance. ELEMENTOS DO CENÁRIO: no campo.

QUARTA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO, VIRGÍLIA E LOBO NEVES) Brás Cubas Jovem, preocupado em se casar, conhece a encantadora Virgília, por quem demonstrou interesse imediato, [foco para o rosto de Virgília com olhar sedutor] sendo também correspondido. [foco: os dois a se admirar] Enquanto os dois se olham, entra Brás Cubas Falecido entra e alega tristemente que Virgília [foco: aliança no dedo da moça] é noiva de Lobo Neves, famoso político. Lobo logo entra em cena anunciando seu casamento com a dama. [foco: rosto de Brás Cubas] Brás Cubas Jovem se sente acanhado ao ver os dois juntos e tenta se aproximar dessa nova família. ELEMENTOS DO CENÁRIO: numa sala. Músicas de fundo: primeiro momento (o encontro de Brás Cubas e Virgília) Vision of Love – Mariah Carey; segundo momento (a desilusão de Brás Cubas com o casamento de Virgília e Lobo Neves) Without You – Mariah Carey.

QUINTA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO, VIRGÍLIA, LOBO NEVES E FIGURANTES) [foco: Brás Cubas e Eugênia lado a lado] Brás Cubas Falecido narra seu sentimento por Virgília enquanto todos os personagens se encontram numa festa. [foco: o ambiente da festa] Lobo Neves conversa com amigos e joga cartas, [foco: Brás Cubas olhando para Virgília dando sinal] Brás Cubas Jovem parece interessado em dançar com Virgília, [foco: Virgília encostada no ombro do marido] e esta convida seu marido pra dançar, ele, negando, sugere que Brás Cubas dance com ela. [foco: Brás Cubas e Virgília e figurantes dançando] Os dois dançam demonstrando olhares sedutores. ELEMENTOS DO CENÁRIO: numa festa agitada, bebidas, pessoas conversando. Música de fundo: Hush, Hush, Hush, Hush – The Pussycat Dolls (sujeito a alterações).

SEXTA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO E VIRGÍLIA) Nesta cena os dois se encontram numa casa, onde marcavam encontros eventuais. [foco: Brás Cubas e Virgília – meio corpo] Brás Cubas Jovem empurra calmamente Virgília para um quarto; a porta é fechada... [foco: Brás Cubas e Eugênia lado a lado] Brás Cubas Falecido aparece dizendo que Virgília está grávida. [foco: Brás Cubas e Virgília] Então os dois, Brás Cubas Jovem e Virgília, estão numa cama, ele deitado sobre a barriga dela conversando com “seu filho”; Virgília não aparenta alegria. ELEMENTOS DO CENÁRIO: numa casa, focando o quarto. Música de fundo: A Pantera Cor-de-rosa (no momento da entrada de Virgília à casa, até ser levada ao quarto por Cubas).

SÉTIMA CENA – (PERSONAGENS: BRÁS CUBAS JOVEM, BRÁS CUBAS FALECIDO, VIRGÍLIA, LOBO NEVES E MÉDICO) [foco: Virgília e o médico, ao lado] Virgília na cama sob cuidados de um médico que diz que ela perdeu o filho. [foco: Brás Cubas e o político] Brás Cubas Jovem e Lobo Neves se consolam, Brás Cubas parece mais arrasado que Lobo Neves. Ar de desconforto entre todos. Brás Cubas Falecido narra o fim da história: o esfriamento no caso com Virgília, seu fracasso na política e como adoeceu. Tudo isso é descrito através de fotos. O desfecho fica por conta de um pequeno trecho da primeira cena, onde Virgília e Brás Cubas se vêem pela última vez antes da morte de Cubas. [foco: Brás Cubas Falecido] Brás Cubas faz uma última lamentação: o fato de não ter gerado um filho em Virgília. ELEMENTOS DO CENÁRIO: num quarto silencioso. Música de fundo: Love by Grace – Lara Fabian.

CRÉDITOS FINAIS.

PERSONAGENS:

Brás Cubas Falecido: narrador da história, reflete os fatos mais marcantes de sua vida.

Brás Cubas Jovem: interpreta as cenas descritas pelo defunto. Vive de aventuras amorosas, mas nunca se casou.

Virgília: grande amor de Cubas, mantém um caso amoroso com o protagonista, às escondidas.

Lobo Neves: político bem sucedido; marido de Virgília.

Marcela: cortesã espanhola; teve um caso com Brás Cubas, mas se interessava em seu dinheiro.

Eugênia: doce jovem, a bonita, porém coxa por quem Brás Cubas se apaixonou, mas abandonou por mancar.