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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Como fazer o roteiro: dicas e exemplos de propostas

A leitura para o adolescente apresenta-se de forma tediosa e, por conta disso, ele busca outras formas de obter diversão e atualização. As formas que fazem parte do seu cotidiano expressam-se de forma mais sedutora e eles acabam cedendo a elas. Podemos citar como formas a televisão, o cinema, a internet e o computador. Esses elementos fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa trazendo lazer e conhecimento. E já trazem informações que podem ser adaptadas ao currículo formal, por que não inseri-las no cotidiano pedagógico?

No que se refere à literatura brasileira, temos inúmeros títulos que foram transformados em filmes e eles podem trazer a abordagem do tema para a sala de aula de forma mais significativa para o aluno. E a partir dessa nova configuração dada aos clássicos, associado aos elementos acima mencionados, os alunos também têm capacidade de dar a sua contribuição para a literatura de forma interativa.

Não será julgada aqui a fidelidade do filme à obra. A proposta é fazer uma associação do tema abordado na literatura do século XIX com a temática atual a partir de um curta produzido por alunos da 2ª série do Ensino Médio.

Para produzir um filme é necessário fazer um roteiro para que o(s) autor(es) possa(m) se guiar para a filmagem. É claro que as idéias iniciais podem ser adaptadas e o roteiro modificado posteriormente.

Mas como fazer um roteiro?

Tomando como base o material de apoio do Curso Básico de Mídias, oferecido pela UESB e o NTE – 03, ofereço as informações e exemplos de alguns roteiros que podem ser tomados como base para a produção do roteiro que será analisado aqui.

Boa sorte!!

Fazendo o filme - Fase de Pré-Produção

O Roteiro

Como o próprio nome já diz, é um guia, uma rota a ser seguida. É um mapa que deve estar sempre a mão de quem está fazendo o vídeo durante todo o processo. Esta fase é muito importante, pois é a partir dela que se desenrolam todas as outras. Mas lembre-se, este mapa é uma trilha, não um trilho. Durante o caminho podem ocorrer situações que farão você mudar de rumo, tenha apenas cuidado para não perder o seu objetivo. Não vamos entrar a fundo no mérito criativo do roteiro, pois foge do escopo do presente trabalho, vamos apenas trabalhar uma iniciação ao tema.

Escaleta

Qualquer que seja o vídeo a fazer, ele começa da idéia de alguém. Anote as idéias que tiver numa folha de papel da forma que vierem, não tente filtrar nada. Simplesmente anote. Isto se chama brainstorm. Depois de terminar de gerar estas idéias é que você começa a organizar de maneira lógica o que você anotou e aí sim filtre o que for necessário. Arrume estas idéias com poucas palavras, apenas o suficiente para que você se lembre do que você quer escrever. Estes tópicos ordenados recebem o nome de escaleta e serão preenchidos mais adiante.

Argumento

Com a escaleta montada, é hora de começar a preencher os espaços da mesma. Neste momento, você escreve o texto como se fosse uma redação do ensino médio. Coloque nela tudo o que você imaginou, fazendo com que um tópico chegue ao outro. Não se preocupe com outras coisas, simplesmente se concentre na descrição da cena que você está imaginando, com tudo dela, cenários, diálogos, ações, etc. e esqueça todo o resto. Este não é o momento de se preocupar com enquadramento de câmeras ou seus movimentos. Esta etapa é mais à frente no roteiro técnico. Quando terminar o argumento, você já terá uma boa noção de como ficará o seu vídeo.

Roteiro Literário

É o roteiro propriamente dito. Agora que já temos o argumento pronto, o que faremos é formatar o texto de forma que se tenha uma idéia geral de quanto tempo o vídeo final terá. Um dos métodos mais usados é a formatação no padrão master scenes. Basicamente, ele divide o texto do argumento em cenas. O título de cada cena é dado por sua numeração, o nome do local onde ela acontece, se ela acontece dentro de um ambiente fechado (INT) ou fora deste ambiente (EXT), e o horário em que ela acontece (DIA, NOITE, AMANHECER, ETC...). Note que estas definições não fazem parte do argumento.

O Roteiro Técnico

Após o roteiro literário pronto, é feito um outro documento que auxiliará na hora da gravação: o roteiro técnico. Nesta fase, é feita a decupagem, ou seja, uma divisão das cenas do roteiro em diversos planos de filmagem. Plano de filmagem nada mais é do que uma proporção do que a câmera vai colocar na tela, tendo como referência a figura humana. Cada plano tem um nome que varia, um pouco, de autor para autor. Na tabela a seguir é fornecida uma relação dos enquadramentos de câmera e uma pequena descrição de cada um deles.

A Análise Técnica

De posse do roteiro literário e do roteiro técnico, é feita uma lista, cena por cena, dos materiais que serão necessários para cada uma. Aqui são levantadas basicamente as necessidades de produção para se iniciar a filmagem propriamente dita.

O Cronograma

Terminada a produção dos documentos anteriores, deve-se planejar agora o QUE e QUANDO será filmado. É feito um calendário para organizar e informar o que será filmado e em que dia.

Fonte: http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod83455/index.html




Exemplos (adaptados):



Proposta 01:

A história a ser produzida partiria do retorno ao passado, destacando os fatos históricos e relevantes para a atuação do personagem. Na verdade, esse personagem não estaria mergulhado no mundo da ficção, e, sim, retratando fatos da vida real, só que sob a ótica de estudantes do ensino médio descobrindo o mundo modernista, quem contribuiu para criá-lo e como. Nomes da literatura modernista povoariam as cenas da fervilhante Rio de Janeiro do início do século XIX. Mulheres muito bem vestidas, ao rigor da época, passeavam de pelas ruas com interesses bobos e farfalhar de vestidos compridos. Outras, sentadas confortavelmente em confeitarias olhando pelas vitrines a cidade viver. Elas estariam indiferentes aos ideais políticos, sociais e literários da época, enquanto outras fizeram questão de marcar seus nomes na história. Ainda dentro do cenário da cidade, com músicas da época ao fundo, a câmera traz para o foco, pessoas que participaram do Movimento Modernista com veemência. Nesse clima intenso, descobrimos a figura feminina como estopim de muitos dos acontecimentos que marcaram o período. Tarsila do Amaral e Anita Malfatti vão surgir estonteantes ao lado de homens notáveis, os aparentemente conservadores (pelos seus trajes) Mário, Oswald de Andrade e Menotti.

Foco para Anita, que chegou de Paris em junho de 1922, e, moderna que era, causou rebuliço e frisson entre os integrantes do grupo modernista. Mário, Oswald, Anita, Tarsila e Menotti formavam o grupo dos cinco, que se reunia para discutir, criar, beber e sabe-se lá o que mais conforme contam os fofoqueiros de plantão. – MUITA CENA DE FARA, RISADAS, SARAUS PECULIARES AO ESTILO DA ÉPOCA.

Anita amava Mário que amava Tarsila que se casou com Oswald. Depois Oswald traiu Tarsila com Pagu, a rebelde Patrícia Galvão. E Tarsila que era muito amiga de Mário, ficou sozinha e tornou-se eterna rival de Anita. – FORMA-SE UMA REDE DE SETAS E FOTOS E CORAÇÕES PARTIDOS LIGANDO AS PESSOAS ENQUANTO ESSE TRECHO É NARRADO, COM MÚSICA BEM TRISTE AO FUNDO.

Ufa, não só de produção intelectual vivia o Brasil daqueles tempos... diz a sociedade conservadora que nos tempos em que os amigos se reuniam na fazenda de Tarsila, não era só arte o assunto dos dias e noites, dizia-se a boca pequena, que muito éter, champanha e almofadas preenchiam também os encontros entre os tumultuados e modernos integrantes do movimento.

O fato é que até Mário e Oswald acabaram inimigos, pela simples falta de um elogio que Mário não fez a um livro de Oswald.

Assim, com tanta confusão ao meio a essa história, o tom seria de uma tragicomédia, com imagens dignas de risos e narrações repletas de motes para questionamentos acerca da nossa conturbada nata modernista.

Personagens:

TARSILA DO AMARAL: Personalidade extremamente vaidosa sinônimo de modernidade, inovação e ousadia Seu trabalho inovador contribuiu para mudar o rumo das artes no país.

ANITA MALFATTI: De ascendência alemã protestante. Um defeito congênito a tornou uma falsa canhota; trazia sempre um lenço colorido cobrindo a mão direita deformada.

PATRICIA GALVÃO (PAGU): Ela não nasceu para ser dona-de-casa. Passou longe do fogão, dos bordados e das agulhas de tricô. Teve boa educação. Escrevia poesia. Tinha "olhos moles"

MÁRIO DE ANDRADE: Desarvorado, só e triste.

OSWALD DE ANDRADE: Espírito de rebeldia e audácia agitadores e um dos líderes do movimento modernista capacidade de pesquisa e dom humorístico anedótico pungente.

MENOTTI: Paulistano, um dos entusiastas da semana de 22 nas Artes e literatura; formado em direito, nacionalista fervoroso, escritor.




Proposta 02:

Este roteiro tem como título “O civilizado e o tabaréu”, nele iremos mostrar a riqueza e a importância da variedade lingüística que se estende por todo o país seja como variação regional ou social. No nosso caso enfocamos a variação social uma vez que os falantes de classes sociais menos favorecidas falam as chamadas variedades populares enquanto as variedades cultas são normalmente associadas às classes de maior prestígio social. Daí o conflito abordado neste filme entre personagens do espaço urbano e rural onde a variação lingüística inevitavelmente está presente.

Plano de direção: a história deve ter como foco principal as variedades lingüísticas entre o cidadão da zona urbana e o “caipira” da zona rural mostrando como elas são “diferentes”, mas tão ricas e importantes, para a lingüística, como quaisquer outras variedades. Os atores devem insistir em mostrar cada um o seu valor com exemplos concretos de suas realidades: para o personagem da zona rural deve ser mostrada uma casinha de taipa, com fogão de lenha, à luz de candeeiros, a mulher magra, com varizes, várias crianças amarelinhas e barrigudas, cheias de vermes, um cachorrinho magro, no borralho, um papagaio e este cenário lembrará o filme Vidas Secas, de Graciliano Ramos como também filmes do inesquecível Mazzaropi. Já para o personagem rico mostraremos a esposa bonita, cabelos bem tratados, pele de “pêssego”, um casal de filhos bem nutridos que estudam nos melhores colégios, vão à Disney todo ano, moram numa mansão com portão eletrônico, cerca elétrica, vigia, pit but, criados como: mordomo, chofer governanta, enfim, uma equipe para satisfazer todos os desejos dos patrões e que neste contexto o filme se pareça mais com filmes americanos.

Sendo assim, é necessário filmar os personagens tanto em close, salientando a fisionomia de cada um, quanto em cenas abertas para melhor visualizar os cenários: zona urbana e rural. Certamente teremos como trilha sonora músicas caipiras da dupla Tonico e Tinoco, evidentemente, nas cenas da zona rural e músicas clássicas quando mostrar episódios da zona urbana. Quanto à iluminação será mais aprimorada em cenas da cidade para mostrar mais “glamour” por se tratar de ambientes mais sofisticados onde a tecnologia está presente, enfim dar mais realce aos cenários, ao contrário do ambiente rural que a iluminação tem que ser condizente com a realidade do homem do campo e se aproximar do mais real possível.

Personagens: a história tem como personagens principais um empresário rico e um humilde e pobre indivíduo que vive como meeiro na zona rural. O rico passa todo o tempo humilhando seu Antônio, este é o nome do menos favorecido: homem de estatura baixa, franzino, barba por fazer, um cigarrinho de palha no canto da boca, um olhar aparentemente triste, uma criatura sempre solícita, prestes a ajudar ao próximo, mas que sofre descriminação de toda sorte por parte do personagem rico: homem alto, bonito, que se veste com roupas de marca, fuma charutos importados, tem carro do ano e costuma olhar os outros de cima para baixo. Porém vai chegar um dia que o “pobre” vai acabar dando lições de valores ao “Doutor” Otacílio quando este necessita de um transplante de rim. Seu Antônio se prontifica para ser o doador; por incrível que possa parecer, entre os possíveis doadores, o “caipira” é o único compatível. Envergonhado e arrependido de ter caçoado, muitas vezes de seu Antônio, o Doutor Otacílio aceita, humildemente, a tão significativa oferta e pede desculpas ao seu “irmão” pela sua ignorância como ser humano.

Personagens principais: Senhor Antônio e Doutor Otacílio.

Personagens secundários: esposas, filhos e empregados.




Proposta 03:

Por ser um filme que retrata a realidade, o cenário ideal é justamente um ambiente do sertão nordestino, castigado pela seca, com vegetação de caatinga, solo pedregoso, presença de rios temporários que servem de abastecimento da população e animais característicos da pecuária nordestina. As moradias da maioria da população local deverão ser de dois tipos: Palha de babaçu na cobertura e na maior parte das paredes. Mas com uma pequena parte de taipa no lado direito, ao lado da porta principal. A taipa não foi alisada, portanto as varas que seguram o barro estão expostas. Outras ainda apresentam um misto de taipa e tábuas. A taipa não foi alisada com barro e água como forma de reboco, por isso, as varas que prendem o barro ficam expostas. A cobertura é de telha de barro. Como não haverá cenas na parte interna dessas casas, as características restringem-se a parte externa das mesmas.

Essa paisagem irá se contrastar com o local onde a personagem principal mora juntamente com seus pais (uma família de classe alta): uma grande propriedade agrícola, com equipamentos modernos e um sistema de irrigação automatizado. Uma casa ampla, bastante arborizada, como se lembrasse a presença de um oásis no deserto.

Os closes de rosto devem ser usados para ressaltar a imagem sofrida do nordestino a espera da chuva e de soluções. Deve haver também no momento de partida da filha do produtor ao deixar o sertão, e se deparar com aquela realidade tão próxima e ao mesmo tempo tão diferente da sua; no momento do seu retorno quando decide melhorar a realidade daquele local, e para ressaltar a felicidade das pessoas com a construção dos poços artesianos.

As cores vibrantes aparecem apenas em cenas específicas: quando for salientar a fé e a esperança em dias melhores, e nas cenas finais. Para caracterização do ambiente seco, devem ser usadas cores neutras, fracas e tons pastéis.

A trilha sonora é feita com músicas típicas da região, aproveitando-se o som dos transportadores de animais e daqueles emitidos pelos próprios animais.

Personagens:

José: Produtor rural de classe alta, sempre trabalhou buscando o bem-estar da família. Conhece bem a realidade da seca nordestina, porém nunca foi afetado por ela. Apesar de ter bom caráter, nada fez para ajudar a população local a amenizar as conseqüências da falta de chuva. Casado, pai de Beatriz.

Mariana: Esposa de José e mãe de Beatriz. Sensibiliza-se com a realidade de seus vizinhos, porém nada faz para ajudá-los.

Beatriz: Personagem principal. Filha de um grande produtor rural do sertão, se choca com a realidade que a circunda no momento de sua partida em direção a um grande centro para estudar. Retorna após dezoito anos e se depara com a mesma situação deixada tempos atrás. Determinada, coloca como objetivo principal mudar a realidade daquelas pessoas com a construção de poços artesianos.

Figurantes: Diversas pessoas que retratam a realidade sofrida do nordestino que vive num ambiente castigado pela seca.




Proposta 04:

A história será filmada inicialmente em um apartamento, colorido e jovial, onde a historia irá se desenrolar nos recordes do cenário. E também no auditório da TV Subaé, em Feira de Santana. Será a aventura de quarto adolescentes que não gostam de estudar, mas adoram assistir filmes. São viciados em filmes de diversas épocas e estilos. E dessa forma se tornam tão cultos que nem eles acreditam que são. E um dia decidem participar de um programa de TV que promote fama e dinheiro aos participantes que acertarem 100 perguntas de assuntos variados.

A trilha sonora contará com musicas dos Titãs e Capital Inicial.


Personagens

Gustavo – Jovem de vinte e poucos anos, que trabalha em uma locadora de vídeos e mora em um apartamento com amigos. Amigo de Adriana e Raquel, freqüentemente se reúne com elas para assistir filmes.

Adriana – É uma jovem alta, morena e bonita. É uma jovem sonhadora que acredita no amor.

Raquel – Divide o apartamento com Adriana e se dá muito bem tanto com ela quanto com Gustavo. É uma mulher bem humorada.

Mauricio – É um cara de uns vinte anos. Ele é uma pessoa solitária e tem um pino frouxo.




Proposta 05:

Esta história acontece no interior de uma escola pública de Ensino Fundamental e Médio, que funciona nos três turnos, com 13 salas de aula. Uma escola em que cada um se contenta em fazer seu trabalho, ministrar suas aulas, o coordenador pedagógico desenvolve função administrativa e não pedagógica. Os professores se isolam na sua sala, a equipe gestora cuida apenas da parte administrativa. Os alunos neste contexto são meros expectadores, não participam ou se envolvem com a escola, se sentem “tabulas rasas” como dizia Paulo Freire (1997).

A história desse curta acontece no Brasil contemporâneo, na região nordeste, num município fictício. A escola em que cenas se desenrolam é uma escola suja, mal cuidada, depredada, para dar esse aspecto de abandono à luz deve ser sombreada, as cenas que se passam na escola devem ser rodadas em preto e branco, o espaço escolar deve parecer com a escola do filme Escola da desordem (Arthur Hiller).

A escola, sala de professores e salas de aula devem aparecer num plano geral, num enquadramento de um grande cenário ou de uma paisagem, no qual é difícil identificar a presença dos personagens de imediato, evoluindo em câmara lenta para plano de conjunto, num enquadramento de um cenário, no qual um ou mais personagens podem ser vislumbrados e identificados facilmente.

Nas cenas em que a professora esta reflexiva a filmagem deverá ser no plano de detalhe, enquadramento partes especificas do corpo do personagem, como o rosto, olhar, mãos. Enquadrando também objetos da cena, como um livro, uma caneta.

Quanto a altura de plano, deve ser definido como plongée ou mergulho, plano em que a câmera se encontra acima de um personagem. O principal objetivo deste tipo de plano é evidenciar características psicológicas dos personagens ou evidenciar situações nas quais esses personagens se encontram.

A trilha sonora do curta deve ser composta de músicas clássicas como pano de fundo, pois o objetivo é destacar as cenas, portanto a fotografia do filme deve ser a mais realista possível, enfocando os personagens, suas angustias e reflexões. Os atores desse curta devem ser sujeitos que nunca fizeram filmes, atores iniciantes, para dar um tom mais realista ao mesmo.

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