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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A situação do idoso no Brasil & na cidade de Feira de Santana

GRUPO: Ana Paula; Amanda; Diely; Ellem; Emanuelle; Isabela; Jenifer.
SÉRIE: 2* ANO turma: B turno: MATUTINO.
matéria: REDAÇÃO professora: LILIAM SAMPAIO.
Comecemos o nosso trabalho com a frase mais dita pelas pessoas e pelos meios de comunicação:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”

Nascemos, crescemos, nos desenvolvemos fisicamente e psicologicamente e, finalizando, envelhecemos.
‘’Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado...”
‘’O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...’’
E aí, somos mesmos “iguais’’? E quando chegamos a terceira idade?
Tecnicamente, a terceira idade é uma etapa da vida de um indivíduo. A época em que uma pessoa é considerada na fase da terceira idade varia conforme a cultura e desenvolvimento da sociedade em que vive. Em países classificados como em desenvolvimento, por exemplo, alguém é considerado de terceira idade a partir dos 60 anos. Para a geriatria, somente após alcançar 75 anos a pessoa é considerada de terceira idade.
Coloquialmente, ser idoso hoje em dia é a “MELHOR IDADE DA VIDA”(como está explícito todos os dias nos jornais, revistas e proramas de tv?). Viva à melhor idade? Será?
No Brasil e em todo o mundo, a situação dos idosos, em muitos casos, está deprimente...
Ser velho nos dias de hoje, não significa mais você aproveitar o tempo que ainda lhe resta. Significa você precisar da "pena" dos outros.

No campo legislativo, o idoso no Brasil está muito bem.

A proteção ao idoso entre nós tem assento constitucional.
A Constituição Federal, logo no art. 1º declara que são princípios fundamentais da República Federal do Brasil, a cidadania e a dignidade humana(incisos I e II).
O idoso é ser humano, portanto possui status de cidadão e, por conseqüência, deve ser contemplado por todos os instrumentos asseguradores da dignidade humana aos brasileiros, sem distinção.
Mas, mesmo com o ''apoio'' do governo, o idoso quase sempre não é tratado como cidadão, a realidade obrigou o constituinte a ser bem claro no texto, estabelecendo meios legais para que o idoso deixe de ser discriminado e receba o tratamento que lhe é devido.
Quase todos os dias, vemos cenas que nos chocam, estarrecem e até mesmo nos mortificam graças as crueldades as quais essa boa parte da população sofrem todos os dias.
ENTREVISTA FEITA COM A SENHORA J*(nome fictício) QUE RESIDE NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA.
A entrevista feita aqui, é real, onde o nome da violentada vai ser modificado porque ela não quer ser identificada. Apenas posso informar que ela mora na cidade de Feira de Santana.
obs: A SITUAÇÃO DE VIDA DESSA SENHORA É MUITO BOA. ELA PRATICA ATIVIDADES FÍSICAS, É VIÚVA E VIVE COM UM DE SEUS FILHOS.
.
*Aqui só consta a parte mais importante da reportagem.
Feira de Santana, 18-06-2011(SÁBADO)

REPÓRTER: Bom dia senhora J* qual a sua idade?

SENHORA J*: Bom dia minha filha, tenho 69 anos.

REPÓRTER: A senhora tem filhos? Se sim, quantos?

SENHORA J*:Eu tenho 3 filhos mas só falo com 2 deles.

REPÓRTER:Desculpe- me a intromissão, mas porque a senhora só fala com dois deles?

SENHORA J*:Porque o filho que não falo me agrediu por causa de uma partilha de herança.

**A ''herança'', neste caso, foi deixada pelo marido da SENHORA J*, falecido a 3 anos que, após a sua morte deixou 40% de tudo que ele tinha para a senhora J* e os outros 60% ficou para ser dividido entre os seus 3 filhos(20% para cada um)
REPÓRTER:Por que ele lhe agrediu? E como ele lhe agrediu?

SENHORA J*: Bem, quando o advogado da família soube da morte de meu marido, ele rapidamente convidou eu e os meus 3 filhos para irmos a uma reunião no seu escritório.
Chegando lá, conversamos um pouco até que o tema em questão começou a ser discutido. Não que o meu marido tivesse muito dinheiro, mas tínhamos uma vida boa e nossos filhos sempre estudaram em colégio particular.Quando ele falou que P* tinha me deixado com a maior parte de tudo, L* se sentiu meio incomodado( ele era o filho mais apegado ao pai)quando viu que a sua parte da herança seria igual a de seus 2 irmãos.
Ele saiu do escritório e não me disse nada. Quando eu voltei pra casa, L*(ele era o filho mais novo) estava bêbado(ele têm problemas com álcool) e começou a discutir com seus irmãos. Eu me intrometi no momento em que ele ía acertar nas costas do meu filho mais velho M* uma garrafa de cerveja.A garrafa acertou no meu meu braço direito e fez um corte profundo(HOJE, CICATRIZADO).

REPORTÉR: A senhora o denunciou?

SENHORA J*: NÃO.

REPORTÉR:E por quê?

SENHORA J*:Porque ele é o meu filho e eu o amo.
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Pois é, essa é a realidade pela qual muitos idosos estão submetidos. Violência, maus- tratos, apelidos depreciativos, enfim, tanto a violência física quanto a verbal compõem o dia- a- dia dessa minoria. Mas, mesmo sendo tratados dessa forma(pelas pessoas mais próximas), eles não teem corajem de denunciar os seus agressores( muitos pela falta de corajem, outros por medo).
Conversando com a SENHORA J*, vi seus olhos se encherem de lágrimas quando ela relembrou a situação citada. Fiquei contrariada quando ela disse que não denunciou o filho mas, percebi que mesmo ela tido sentido dor, acima de tudo, ela AMAVA incondicionalmente os seus 3 filhos, até mesmo o agressor.
O que está acontecendo com a sociedade atual é que nós estamos esquecendo que os idosos são pessoas cheias de histórias, de vida, de experiências....Qualquer um, sempre que tinha uma dúvida, pedia conselho a alguém mais velho...Os idosos são pessoas sábias que nos ensinam a viver a vida como ela deve ser vivida.
Hoje, nem esse status damos aos idosos. São pessoas que atrapalham a nossa juventude.Nós, ''OS JOVENS'', não precisamos mais de conselhos porque, qualquer dúvida, é só pesquisar no google; ouvir histórias arcaicas pra que, se existe cinema em 3D; ter uma conversa séria, ninguém merece, pra que ficar olhando para uma cara toda enrugada se existe MSN e uma tela de vidro luminosa nos esperando?
Pois é, enquanto olharmos para a nossa terceira idade com toda essa indiferença, continuaremos assim... acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo, ou seja, continuaremos no meio de uma questão onde sempre existirá duas dúvidas mais nenhuma solução.

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