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terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Crime do Padre Amaro - resumo e análise da obra de Eça de Queiroz

Nesse romance, de sua fase mais influenciada pelo naturalismo, Eça de Queirós ataca a corrupção do clero e a hipocrisia da média burguesia portuguesa, questionando seus valores morais Publicado pela primeira vez em 1875, O Crime do Padre Amaro denuncia a corrupção dos padres, que manipulam a população em favor da elite, e a questão do celibato clerical. É com esse livro que Eça de Queirós inaugura, na prosa, a estética do realismo-naturalismo em Portugal. A obra caracteriza-se pelo combate ao idealismo romântico que se estabelecia até então, em prol de uma visão mais crítica da sociedade. Sua versão definitiva foi publicada em 1880.

ROMANCE DE TESE
O Crime do Padre Amaro é o primeiro romance de Eça. Em vez da subjetividade romântica, os autores do realismo-naturalismo, como o próprio nome da escola literária indica, buscavam retratar a realidade de forma objetiva.

Naquela época (segunda metade do século XIX), o Ocidente vivia um período de grandes transformações, com a Segunda Revolução Industrial. O cientificismo passou a predominar, com novas correntes filosóficas e teorias, entre as quais o positivismo de Comte, o determinismo de Taine, o evolucionismo de Darwin e o socialismo científico de Marx e Engels. Essa perspectiva racionalista e materialista leva os intelectuais a estudar o impacto social da industrialização e do liberalismo.

Passam a ser discutidas as desigualdades que essas mudanças trouxeram para a sociedade, como o surgimento de uma nova classe que é oprimida pela burguesia: o proletariado.

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